domingo, 27 de dezembro de 2009

Teorias em Ação

Pensei em fazer uma nova postagem, encerrando 2009/02, baseada no meu workshop, trazendo reflexões sobre meu fazer docente, de acordo com os teóricos abordados...


Relação Dialógica




"OLIVEIRA (1999) aborda a questão do perfil dos alunos da EJA, como excluídos da escola regular, que possui regras específicas e linguagem particular e as possíveis relações entre a diversidade cultural e intelectual."



Se o educador trabalhar no sentido de ampliar a visão de mundo que os alunos trazem, através da relação dialógica, reorientando as práticas educativas, estará permitindo que esse aluno desenvolva a capacidade de interpretar e transformar o mundo que o cerca, sem regras específicas estabelecendo relações diversificadas.



Múltiplas Linguagens

" TRINDADE se refere às diferenciações que podem ocorrer em relação à fala ou à escrita nas múltiplas linguagens."


Ler e escrever são maneiras de se comunicar, construídas pelo próprio sujeito em interação com o meio, da mesma forma que ouvir e falar. Atuo como professora de pré-escola e percebo que a construção da linguagem oral é marcada por características próprias do sujeito, de acordo com a influência do meio cultural em que ele estiver inserido. Em contrapartida, a leitura e a escrita depende de regras da língua padrão, ou seja, lê-se e escreve-se sem as características/vícios da oralidade. Tenho o hábito de deixar claro aos meus alunos que não podemos escrever da mesma maneira que falamos utilizando gírias e modismos.

Ato de Planejar

RODRIGUES nos traz questionamentos fundamentais e imprescindíveis para o constante ato de planejar :

1. A justificativa, os objetivos estão de acordo com o as atividades propostas?
2. O desenvolvimento de cada uma das atividades está claro?
3. As atividades possuem um encadeamento no qual uma oferece suporte para complementar à outra?
4. O plano está focado no ensino da língua materna?


Obviamente não costumo fazer esses questionamentos, mas concordo que devemos fazer outros mais comuns(O que vou fazer? Para quê? e Como?). De acordo com VEIGA-NETO, “Muito mais interessante e produtivo é perguntarmos e examinarmos como as coisas funcionam e acontecem e ensaiarmos alternativas para que elas venham a funcionar e acontecer de outras maneiras” Muitas vezes, no caminho para o trabalho, já vou fazendo uma auto-análise verificando o que pode ser substituído e/ou complementado em meus planos de aula.

Libras

"Muitas pessoas pensam que as línguas de sinais são um sistema de comunicação superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral. (QUADROS & KARNOPP, 2004). Os surdos possuem uma língua, uma cultura, questões históricas as quais merecem ser consideradas e estudadas por todos nós. É um erro comum dizer: "linguagem de sinais". O correto é língua de sinais, do mesmo modo que não se diz “linguagem portuguesa” ou “linguagem alemã”, mas sim língua portuguesa e língua alemã. "


Essa afirmação sobre Libras, tão bem descrita em QUADROS & KARNOPP, 2004, permite desfazer o equívoco em pensar que Libras seja um sistema de comunicação inferior ao sistema de comunicação oral. Da mesma forma que nos referimos à língua portuguesa, devemos agir em relação à língua de sinais – LIBRAS. Para Chomsky são línguas que fluíram de uma necessidade natural de comunicação entre pessoas que não utilizam o canal auditivo oral, mas o canal espaço visual como modalidade lingüística. Por meio destes sucessos conquistados entre os surdos hoje há escolas especializadas em linguagem de sinais e ela é aceita como língua.

Seminário Integrador VII

Ao analisar o meu portfólio de aprendizagens pude identificar uma compreensão interdisciplinar na maioria das postagens, havendo no conjunto do blog mais de uma postagem para cada Interdisciplina, havendo certa regularidade nas mesmas. No item referente à complementação ou reformulação das postagens, tendo por base os comentários realizados pela tutora, deixei a desejar, pois em algumas refleti sobre o questionamento proposto, mas não fiz o registro. Também considero importante e parei de fazer o registro da fonte das postagens, citando a referência bibliográfica, o que facilitaria ainda mais a construção dessa síntese.

Analisando e refletindo destaco essa postagem como a mais importante do semestre, pois permite uma reflexão a partir de Paulo Freire, de como as propostas das interdisciplinas desse Eixo podem ajudar a compreender o mundo de forma interligada.

Silvana De Negri
dezembro/2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Planejando ...



De acordo com o roteiro para a análise dos planos de aula, referentes ao módulo7 da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, devemos ler todo o nosso plano para um dia de trabalho, prestando a atenção para verificar se a justificativa, os objetivos estão de acordo com o as atividades propostas, e ainda, se o desenvolvimento de cada uma das atividades estão claros. Ainda faz-se necessário observar se as atividades possuem um encadeamento no qual uma oferece suporte para complementar à outra e se o plano está focado no ensino da língua materna.

Obviamente que não fazemos estas reflexões diariamente, mas realizamos outros
questionamentos como educadores responsáveis, como agentes transformadores:

  • O que vamos fazer?
  • Para quê?
  • Como?
No dia seguinte é imprescindível uma auto-análise verificando
o que pode ser substituído e/ou complementado.

sábado, 7 de novembro de 2009

Livro da Vida


Lendo os textos sugeridos na Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, sobre os materiais didáticos, confesso que me surpreendi, pois nunca ouvi falar sobre o LIVRO DA VIDA, onde podemos registrar com destaque trabalhos espontâneos feitos pelos alunos diariamente, e complementá-los com a chamada CORRESPONDÊNCIA, trocando informações e fazendo contato com realidades diferentes que estimulam o aprendizado.


Sem dúvidas esses materiais didáticos serão de grande valia na construção de um PA com nossos alunos. Já havia postado na 2ª versão da arquitetura pedagógica, como forma de diário de bordo:


"Será confeccionado um diário de bordo coletivo e um individual, onde serão registradas as informações coletas e novas dúvidas dos alunos pela professora, através de palavras chaves e/ou imagens e desenhos."


Agora sei que posso fazê-lo e/ou chamá-lo de Livro da Vida, utilizando folhas grandes para serem acrescentadas diariamente, e assinadas, pelas contribuições pessoais embora pertença a toda a classe, formando uma espe´cie de álbum seriado para ser utilizado na exposição final do PA.


domingo, 1 de novembro de 2009

Analisando e refletindo...


Trago fragmentos das últimas atividades desenvolvidas no PEAD, para analisá-las e interligá-las:
"De acordo com Freire, antes da palavra o indivíduo lê o mundo e à medida que se lê o interpreta. Portanto, se o educador trabalhar no sentido de ampliar a visão de mundo que os alunos trazem, através da relação dialógica, reorientando as práticas educativas, estará permitindo que esse aluno desenvolva a capacidade de interpretar e transformar o mundo que o cerca."Didática


"Outro fator importante é o bom relacionamento entre professor e aluno como fundamento para a aprendizagem do grupo, mostrando que existem outras realidades no entorno. Que eles podem fazer a diferença no mundo de amanhã, sendo capazes de transformar suas vidas e o nosso planeta num lugar melhor de se viver. Penso que desejando melhorar a sociedade, o indivíduo deseja melhorar a si próprio. Por sua vez, a ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação, acaba levando o indivíduo à auto-reflexão, engrandecendo-o e tornando-o um ser melhor. O poder do esforço constitui, precisamente, uma das características essenciais do homem, que deixará suas próprias marcas na história da humanidade. "EJA



"Acredito que o fundamental na educação de surdos seja o convívio com o grupo no qual ele estiver inserido, onde aprenderão regras de comportamento, valores culturais, sociais e intelectuais, de acordo com as suas necessidades e capacidades. "Libras


"As arquiteturas não prescindem de propostas de trabalho aos estudantes, elas são necessárias para ajudar na autonomização dos estudantes até que eles desenvolvam mecanismos de autonomia na aprendizagem. Na verdade, as arquiteturas têm componentes informativos e propositivos, pois a estrutura é uma forma com caminhos ora mais abertos ora mais fechados. Se assim não fosse a arquitetura seria outra coisa. Com orientação do professor, requerem-se do estudante ação e reflexão sobre experiências que contemplam na sua organização pesquisas, registros e sistematização do pensamento. O mesmo princípio se aplica aos professores, embora o âmbito de ação e reflexão seja de outra natureza." Seminário VII

Ao desenvolver as últimas atividades percebi o quanto elas estão interligadas.

Não é à toa que são chamadas de Interdisciplinas, não é mesmo?

Pois bem, além disso se complementam!

Paulo Freire ressalta a importância da relação professor /aluno na participação da construção das práticas educativas transformadoras, capazes de formar cidadãos críticos e atuantes, que com certeza deixarão suas contribuições para a humanidade, sejam eles crianças, jovens, adultos, surdos ou não. Mas o fundamental é a qualidade do convívio com o grupo no qual ele estiver inserido, onde poderá aprender e modificar regras e valores culturais, sociais e intelectuais, de acordo com o contexto. Já ao ler sobre as propostas de arquiteturas pedagógicas, novamente me fez lembrar de Freire no que se refere a ação e reação provocadas tanto no professor como no aluno, sendo uma prática libertadora e conquistadora.
Deixo uma última reflexão que serve de desafio para uma nova ação referente a interdisciplina de linguagem: “Muito mais interessante e produtivo é perguntarmos e examinarmos como as coisas funcionam e acontecem e ensaiarmos alternativas para que elas venham a funcionar e acontecer de outras maneiras” (VEIGA-NETO, 2003, p. 22).

Abraços

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Proposta Pedagógica

Ao assitir o filme do Menino Selvagem, o exemplo do médico Jean Itard, merece destaque e reflexão por parte de nós educadores, no que se refere as metodologias utilizadas e construídas, mesmo que nossos alunos não sejam surdos, ou tenham uma outra deficiência física.
Ele foi o responsável pela educação do menino selvagem, Victor, tentando civilizá-lo, mas sabia que as dificuldades eram intransponíveis e que seria necessário buscar alternativas adequadas pra superá-las. Que cada obstáculo dominado, iria prepará-lo para o seguinte, mas acabou exagerando nas jornadas extensas levando-o ao cansaço e fúria. Para ele Victor não poderia ser considerado um ser social não havendo nada a esperar da continuidade de sua educação. Somente após a fuga do menino e seu inesperado retorno ao seu grupo social o médico conseguiu perceber que o menino selvagem provou de seus sentidos, suas necessidades de sobrevivência podendo ser considerado um jovem notável com grandes expectativas.
  • Quantas vezes tentamos civilizar alunos que rotulamos de indisciplinados levando-os a fúria?
  • Quantas vezes tentamos encontrar alternativas para superar as dificuldades de aprendizagem e/ou indisciplina?
  • Chegamos a encontrar o caminho certo?
  • Exageramos nas atividades diárias?
  • Esperamos e compreendemos que eles podem aprender o que ainda não sabem?
  • Ou será que os consideramos anti-sociais, sem chances de se educarem?
Preciso é que entendamos que cada ser tem sua individualidade, suas próprias necessidades de sobrevivência e suas fragilidades e objetivos a atingir.

domingo, 25 de outubro de 2009

Ser um aluno EaD


Ocorreu na noite desta quarta feira no Centro de Cultura Lúcio Fleck uma atividade especial com a comunidade e alunos do Polo Universitário de Sapiranga. Foi realizada uma aula presencial especial, com a palestra da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Patricia Behar, doutora em computação, abordando o tema “Modelos Pedagógicos em Educação à Distância”. Além disso, com a presença de representantes das universidades federais de Pelotas (Ufpel), Santa Maria (UFSM) e da Ufrgs, no evento foi discutido o crescimento da pólo nos últimos anos, que está transformando Sapiranga em um exemplo de ensino superior através da educação à distância (EAD). Estive conversando com o professor Crediné em nossa última aula presencial, sobre o que significa ser um aluno de um curso de educação à distância, bem como de sua importância na vida profissional como um todo. Ele me desafiou a realizar uma postagem sobre isso.


Pois bem lá vai!


Estive presente no dia 14 de outubro, na palestra realizada pela professora da UFRGS, Patricia Behar, doutora em computação, abordando o tema “Modelos Pedagógicos em Educação à Distância”. Nesse encontro presencial onde participaram alguns alunos, tutores e professores de nosso polo, um dos assuntos também apresentados e que merece destaque, é a comparação entre o perfil de aluno egresso de um curso presencial e de um aluno de EaD.


Algumas das autoridades presentes afirmaram ser o mesmo, comparando a qualidade de ensino e habilidades desenvolvidas em ambos os cursos. Já a palestrante trouxe uma visão diferenciada
onde o aluno EaD apresentar mais habilidades e competências desenvolvidas por aprender a buscar seu conhecimento sem o auxílio do professor como num curso presencial onde o professor é um expositor, por mais recursos que utilize, sempre será uma aula expositiva.


Fiquei refletindo sobre isso, e, concordo com a Profª Patrícia, pois em meu trabalho junto à SMED, diariamente, preciso de informações que os colegas da secretaria não possuem, ou não sabem informar. E, me vejo desafiada a buscá-las, navegando em sites, explorando-os e analisando as informações coletadas.


Jamais conseguiria antes de ingressar no PEAD!


Abração

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pedagogia de Projetos

Partindo do pressuposto de William Kilpatrick, criador da metodologia de aprendizagem por Projetos, onde o interesse deve motivar n o aluno a vontade de saber, podemos destacar três questões indispensáveis para o planejamento dos Projetos:
· Como se realiza a aprendizagem;
· Como a aprendizagem intervém na vida para melhorá-la;
· Que tipo de vida é melhor.
Dessa forma, trabalhando com Projetos educamos como um um todo, desenvolvendo aspectos físicos, emocionais e intelectuais de nossos alunos, onde o principal objetivo da escola seria ensinar a criança a viver no mundo.

Alfabetização de adultos

Nunca trabalhei com turmas de alfabetização, mas ao ler o texto da Regina Hara, chamou-me a atenção sua afirmação sobre os adultos que não conseguem ser alfabetizados, e que, eles podem estar sendo submetidos a um processo inadequado, que conflitua com a maneira pela qual eles percebem a escrita. Dessa forma, muitas vezes, o educador tira a possibilidade do aluno utilizar suas hipóteses de fazer seus registros escritos, levando-o a procurar e estabelecer outro caminho.
Sem dúvidas a postura do professor frente aos alunos ainda não alfabetizados é relevante. Como alfabetizadores, nós somos os mediadores dessa interação e grandes responsáveis para que eles possam estabelecer relações entre o objeto e os sujeitos que produzem o conhecimento. Precisamos partir do que cada um já sabe e oferecer oportunidades de reflexão e prática para que possam chegar na leitura e escrita competentes, ou seja, estarem alfabetizados.

domingo, 27 de setembro de 2009

Como me comunicar com alunos surdos?

Como me comunicar com alunos surdos?

Esta questão foi lançada como primeira atividade na Interdisciplina de Libras, que me causa grande preocupação, pois ainda não aprendi a língua de sinais, e não tenho uma boa expressão facial. Portanto se meu aluno não fizer leitura labial, ou apresentar dificuldades em me compreender, utilizaria bilhetes.
E se meu aluno estiver em fase de alfabetização? Como farei?
Neste caso a minha preocupação aumenta ainda mais, eu não faço a menor idéia de como proceder, considero-me incapaz até o presente momento. Espero que nesta Interdisciplina, com o auxílio da professora e dos tutores, podemos lançar nossas dúvidas e preocupações, que sejam respondidas em parte, com algumas "receitinhas" que nem precisam apresentar quantidades e ingredientes, mas o modo de fazer é de fundamental importância.

Até mais!
Silvana

Empowerment Político

Confesso que senti dificuldades de compreender o significado do termo Empowerment Político mas ao pesquisar mais sobre o assunto, encontrei esta definição que merece ser citada:
Empowerment pode ser definido como "Um processo de reconhecimento, criação e utilização de recursos e de instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades, em si mesmos e no meio envolvente, que se traduz num acréscimo de poder – psicológico, sócio-cultural, político e económico – que permite a estes sujeitos aumentar a eficácia do exercício da sua cidadania." (Pinto, 2001, p.247)
No que se refere a alfabetização e a pedagogia do empowerment político, os profissionais da área da educação devem buscar a participação dos indivíduos, desenvolvendo modelos pedagógicos emancipacionistas, que promovam a socialização das pessoas dentro do processo de aprendizagem, onde o poder de cada um é a responsabilidade de todos.

domingo, 20 de setembro de 2009

Como ensinar disléxicos?

Ensinar disléxicos a ler e a processar informações com mais eficiência é um processo de longo prazo e que exige paciência. Primeiramnte é preciso compreender como a maioria das pessoas aprendem a ler, uma vez que a leitura exige simultaneamente:

  • atenção dirigida às marcas impressas e controle do movimento dos olhos;
  • reconhecimento dos sons associados com as letras;
  • compreensão das palavras e gramática;
  • construção de idéias e imagens, comparação de idéias novas com as existentes;
  • armazenamento de idéias na memória.

Então como ensinar um aluno com dislexia?

  • Identificar os pontos fracos e as áreas geradoras de problemas, descobrindo o estilo cognitivo predominante e realizar o tratamento.
  • Utilizar material concreto, além de papel quadriculado, fazer jogos com premiações e castigos.
  • Utilizar rimas, músicas e repetições, ler em voz alta, fazer com que a criança leia em voz alta, a pratique a visualização dos problemas e use desenhos. Não complicar visualmente
  • É indispensável permitir o tempo para fazer exercícios.
  • Usar cartões com linguagem usada na aula.
  • Prestar atenção não apenas no resultado, mas no processo utilizado. Observe os acertos e não somente os erros, como o aluno chega aos resultados.

Trouxe este recorte da pesquisa realizado pelo nosso grupo de PA - Grupo 6, Dislexia, onde pesquisamos sobre a forma de tratamento existentes, por compreender ser de extrema importância. Desde todos os sintomas que podem ser observados pelos professores e familiares desde a fase da pré-escola até a fase adulta, até chegar nessa forma de auxiliar o aluno disléxico, a qual considero a mais importante de todas:

Prestar atenção não apenas no resultado, mas no processo utilizado. Observe os acertos e não somente os erros, como o aluno chega aos resultados.

Este deveria ser o pensamento de todos os profissionais da educação de um modo geral com todos os alunos com dificuldades de aprendizagem. Acredito também que seja a forma mais eficaz de avaliação, considerando sempre no processo utilizado, a aprendizagem construída pelo aluno, bem os caminhos utilizados para se chegar a um resultado.

domingo, 13 de setembro de 2009

Dislexia



Dislexia é uma disfunção que ocorre na Linguagem, dificultando a aprendizagem da leitura, da soletração, da escrita, da matemática e do uso da razão. Também dificulta os relacionamentos de maneira expressiva ou receptiva, corporal e social poradquirir a aprendizagem de maneira diferente dos padrões normais. O disléxico apresenta sintomas que podem ser observados pelo professor e por familiares, mesmo antes da alfabetização, na pré-escola, em idade escolar e na fase adulta. Estes devem encaminhá-lo para uma equipe multidisciplinar que fará uma avaliação, encaminhando-o para tratamento com especialistas da área. O tratamento auxiliará o disléxico nas suas limitações, permitindo uma melhora progressiva evitando problemas mais sérios relacionados com a auto-estima e socialização.

Importância dos Mapas Conceituais

Ao realizar as atividades na Interdisciplina de Seminário Integrador relacionada ao trabalho com Projetos de Aprendizagem, ficou bem claro a importância de se construir Mapas Conceituais no início, bem como ao realizar/analisar as informações adquiridas nas pesquisas para a compreensão do assunto pesquisado. A construção do segundo mapa permitiu que o grupo tenha uma noção exata do caminho percorrido, com a finalildade de esclarescer as certezas provisórias e dúvidas temporárias, e ainda verificar o que ainda não foi respondido referente a questão central de investigação.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Planejamento

A partir da leitura do texto escrito por Maria Bernadette Castro Rodrigues, na Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, com o objetivo de refletir sobre o papel e a importância do planejamento escolar, analisei etapas que costumo realizar no meu planejamento pedagógico e minhas práticas docentes cotidianas. Fico me perguntando o que há de novo?Como um educador hoje, consegue entrar em sala de aula sem planejamento? Será possível?
Sem dúvidas me questiono constantemente sobre “O que é significativo que meus alunos aprendam?”. Além disso, trouxe cinco questões que repondo cada vez que construo um novo Projeto a ser desenvolvido com minha turminha de educação Infantil:

1) Para quê vou desenvolver esse projeto? JUSTIFICATIVA
2) Onde quero chegar com esse projeto? OBJETIVO FINAL
3) O que vou fazer para alcançar meus objetivos? OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4) Quais conteúdos vou trabalhar nesse projeto? CONTEÚDOS
5) Como vou desenvolver? ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Fonte:

RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. In: XAVIER, Maria Luisa; DALLA ZEN, Maria Isabel (Orgs.). Planejamento em Destaque: análises menos Convencionais. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 59-65 e 72-73. In: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade2/planejar/unidade2_1.html

domingo, 6 de setembro de 2009

EJA - Conceito e Funções

A EJA de acordo com a Lei 9.394/96 passa a ser uma modalidade da educação básica nas etapas do ensino fundamental e médio, usufruindo de uma especificidade própria, destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Consequentemente, a EJA necessita ser pensada como um modelo pedagógico próprio com a finalidade de possibilitar ao indivíduo, jovem ou adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extra-escolar, bem como na própria vida, possibilitando dessa forma, um nível técnico e profissional mais qualificado.
Dessa forma apresenta várias funções:
  • reparadora: por permitir o acesso aos que não tiveram acesso e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela;
  • equalizadora: o indivíduo que teve sustada sua formação, qualquer tenha sido a razão, busca restabelecer sua trajetória escolar de modo a readquirir a oportunidade de um ponto igualitário no jogo conflitual da sociedade;
  • permanente: tarefa de propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a vida, e pode ser chamada de qualificadora.

Fonte: Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos . Relator: Carlos Roberto Jamil Cury. In: F:\silvana\ufrgs\EJA\Unidade 1.mht

Didática Comeniana

Comênio é considerado o pai da Didática, pois foi um dos primeiros a desenvolver livros didáticos para o ensino. De acordo com a Didática Magna, escrita por Comênio, onde ele desenvolveu suas idéias sobre o ensino, existem quatro elementos importantes da sua pedagogia: a consideração do aluno, o ensino igual para todos e o bom relacionamento entre professor e aluno, como fundamento para a aprendizagem do aluno.
Em 1658, publicou Orbis sensualium pictus (“O mundo em imagens”), o primeiro texto ilustrado que aparece na Historia da Pedagogia. Na verdade, Comênio chamou a atenção para respeitar a capacidade de compreensão do aluno, de não sobrecarregá-lo de progredir do fácil para o difícil, de motivá-los a se ajudarem, a ensinarem uns aos outros. Também brincavam, ouviam e cantavam músicas, intercalando com os conteúdos. Portanto a aprendizagem através do lúdico parece ter sido valorizada, pois esse método foi utilizado por aproximadamente cem anos.


Fonte:
TEXTO 1: Vida e obra de Comênio. In: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade1/enfoque2_comenio/vida_obra_comenio.htm
TEXTO 2: Didática Magna. In: Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos. In: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade1/enfoque2_comenio/saudacao_aos_leitores_link2.p
TEXTO 3: DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: _______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p.26-29.
Orbis Pictus. In: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade1/enfoque2_comenio/livro_didatico_link4.pdf

Desenvolvimento da criatividade

Ao ler o texto recomendado na Interdisciplina de Didática, planejamento e avaliação, O meninhinho, de Helen Buckley, fica bem claro que a questão das marcas deixadas em nossas vidas pelos mestres que tivemos desde o início de nossa escolaridade.
O momento de escolha das atividades, bem como dos recursos a serem utilizados para o desenvolvimento das mesmas, é de extrema importância para motivar as crianças desde o início da escolaridade. Percebo que meus alunos de Jardim B, já dizem "Eu não sei desenhar!" "Meu desnho é feio!" Com certeza em algum momento já perderam o interesse ou ainda, foram interrompidas no momento em que estavam desenvolvendo seus trabalhos com prazer, esmagando sua criatividade.

Leitura, escrita e oralidade

A partir da leitura do texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais”, de Maria Isabel Dalla Zen e lole Faviero Trindade, na Interdisciplina de Linguagem e Educação, referente às diferenciações que podem ocorrer em relação à fala ou à escrita nas múltiplas linguagens, pude perceber que são duas modalidades da nossa língua materna, que se distinguem.
Existem vários dialetos, vários modos de se falar de acordo com a cultura e o grupo social em que o indivíduo estiver inserido. Ler e escrever, são maneiras de se comunicar, construídas pelo próprio sujeito em interação com o meio, da mesma forma que ouvir e falar. A construção da linguagem oral, é marcada por características próprias do sujeito, de acordo com a influência do meio cultural em que ele estiver inserido. Mas a leitura e a escrita depende de regras da língua padrão, ou seja lê-se e escreve-se sem as características/vícios da oralidade, ou seja, não podemos escrever da mesma maneira que falamos utilizando gírias e modismos.

Fonte: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais. DALLA ZEN; TRINDADE, 2002. In :
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/linguagem/texto1_modulo1.doc

sábado, 27 de junho de 2009

Reflexão sobre Adorno & Kant

No cotidiano da escola encontramos diferentes realidades, diferentes sujeitos, diferentes etnias, cada indivíduo com sua própria identidade e com seus próprios princípios morais, filosóficos, sociais e econômicos, gerando conflitos através da convivência.
Na primeira infância é mais fácil mudar e/ou mostrar outras realidades existentes no entorno que podem mudar e contribuir para reduzir o preconceito étnico-racial na comunidade escolar. Com certeza, esses pequenos podem fazer a diferença no mundo de amanhã, onde serão capazes de transformar nosso planeta num lugar melhor de se viver, reduzindo a discriminação e os problemas que dela surgem. Porém, para que isso ocorra os educadores precisam se desfazer das amarras, pré-conceitos arraigados através dos padrões morais que nos foram passados para poder orientá-los adequadamente.

Desejando melhorar a sociedade, o indivíduo deseja melhorar a si próprio. Por sua vez, a ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação, acaba levando o indivíduo à auto-reflexão, engrandecendo-o e tornando-o um ser melhor. O poder do esforço constitui, precisamente, uma das características essenciais do homem.

Ressignificação da prática docente

Ao responder as questões em duplas de filosofia, refleti sobre o individualismo e a segregação destacados pela colega Cristiane Simões. Acredito que precisamos reorganizar a escola, ressignificando o ato de ensinar, para que não se repitam barbáries. Podemos ter como base o Princípio de Pedagogia sugerido por Kant, que propõe planos para a arte de educar, fazendo com que nossos educandos sejam respeitados com seu ritmo, com suas escolhas, seus princípios morais, e, acima de tudo mostrar-lhes que existe um mundo melhor e que temos capacidade e dever de modificá-lo com prudência e disciplina.

Segregação

Se permitirmos que a direção da escola dependa da decisão de pessoas competentes e ilustradas, para depois ser difundida, estaremos permitindo que os menos competentes e ilustrados sejam pressionados e percam sua capacidade de resistência, sendo segregados. Teremos uma cruel batalha entre o que é certo e o que é errado.
Acredito que as escolas devam ter dirigentes competentes, para que possam de forma democrática tomar decisões, impedindo que as individualidades não percam suas capacidades de resistência e não se repitam outras barbáries. Também nós educadores, devemos pensar como o próprio Kant afirma na educação como uma arte, propondo novos planos para esta arte de educar.
Abraços

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sala de Aula Construtivista


“O mundo do objeto fornece o conteúdo (assimilação), o mundo do sujeito cria novas formas (acomodação), a partir das formas dadas (reflexos) na bagagem hereditária. Posteriormente, as próprias formas, construídas por este processo de abstração reflexionante, transformam-se em conteúdos a partir de cuja assimilação constroem-se novas e mais poderosas formas. É a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo (BECKER, 2001a, p. 20).”

Pensando na citação acima, e na proposta de atividade desenvolvida na minha turma de Educação Infantil, acredito que proporcionei ações para meus alunos passarem por todas estas fases no decorrer do processo, sob uma perspectiva construtivista.

Poderia resumidamente afirmar que com a proposta das ações desenvolvidas na minha turma, eu proporcionei a construção de novos conhecimentos. Houve uma troca de experiências significativas onde partimos do conhecimento prévio, das realidades vivenciadas e adquiridas.
Motivei e despertei o interesse dos alunos como pesquisadores, testando hipóteses, abrindo espaços para novos caminhos, e, acima de tudo, percebendo a construção de seus próprios conhecimentos, a chamada busca pelo mundo do conhecimento.


Sala de Aula Construtivista


“O mundo do objeto fornece o conteúdo (assimilação), o mundo do sujeito cria novas formas (acomodação), a partir das formas dadas (reflexos) na bagagem hereditária. Posteriormente, as próprias formas, construídas por este processo de abstração reflexionante, transformam-se em conteúdos a partir de cuja assimilação constroem-se novas e mais poderosas formas. É a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo (BECKER, 2001a, p. 20).”

Pensando na citação acima, e na proposta de atividade desenvolvida na minha turma de Educação Infantil, acredito que proporcionei ações para meus alunos passarem por todas estas fases no decorrer do processo, sob uma perspectiva construtivista.


Poderia resumidamente afirmar que com a proposta das ações desenvolvidas na minha turma, eu proporcionei a construção de novos conhecimentos. Houve uma troca de experiências significativas onde partimos do conhecimento prévio, das realidades vivenciadas e adquiridas.


Motivei e despertei o interesse dos alunos como pesquisadores, testando hipóteses, abrindo espaços para novos caminhos, e, acima de tudo, percebendo a construção de seus próprios conhecimentos, a chamada busca pelo mundo do conhecimento.

domingo, 7 de junho de 2009

Mais pesquisas sobre autismo!

Incrível, mas um grupo de cientistas do Canadá desenvolvem um novo método que poderá antecipar o diagnóstico de autismo em pelo menos dois anos.

O método de diagnóstico de autismo se baseia na medição da direção e manutenção do olhar das crianças. O olhar do bebê é acompanhado através do reflexo da luz enquanto imagens de faces são mostradas em uma tela de computador. As crianças são avaliadas de maneira seqüencial de três em três meses a partir do terceiro mês de vida até completarem um ano.
Os especialistas canadenses acreditam que seu método consegue avaliar precocemente o desenvolvimento social das crianças.O diagnóstico precoce do autismo pode significar o início de uma atenção especializada mais cedo, traduzida por uma integração social maior no futuro dessas crianças.
Como já aprendemos sobre a importância da interação da criança com o meio desde os primeiros meses de vida, diagnosticando autismo precocemente, com autistas terão uma integração maior e com melhor qualidade!

Projetos sobre Autismo

Interessei-me pelos links sugeridos pela profª Liliana e fui pesquisá-los!
O projeto coordenado pelo Dr. Estevão Vadasz, da Associação de Amigos do Autista, mostra uma série de atitudes que podem ser observadas em possíveis autistas, sendo que o principal sinal está na qualidade das interações sociais, que nem sempre é visível.
Já o Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está desenvolvendo uma metodologia para a elaboração de diagnóstico da síndrome de autismo por meio de exames laboratoriais com aparelhos de eletroencefalograma computadorizado. Segundo os pesquisadores da Fiocruz, as vantagens do exame são custo acessível e disponibilidade da tecnologia em vários hospitais e postos de saúde no Brasil.De acordo com o coordenador da pesquisa, o neurologista infantil Adaílton Tadeu Alves de Ponte, a análise de dados já permitiu verificar que as respostas no hemisfério cerebral direito têm uma amplitude menor que o esquerdo. Segundo o médico, o hemisfério direito está associado às funções socioafetivas, emocionais, de empatia e de percepção do contexto e compreensão social, enquanto o hemisfério esquerdo é mais envolvido com o cálculo e o raciocínio.
Estimativas internacionais mostram que a ocorrência da síndrome pode ser de uma em cada 500 crianças até uma em cada mil crianças, sendo que há incidência de maior nº de meninos autistas, pois 70% das pessoas com autismo são do sexo masculino. Outro fator interessante é que a ciência ainda não sabe por que ocorre o autismo. O grupo de pesquisa trabalha com a hipótese de que é um fenômeno de causa genética, associada a mecanismos alérgicos não identificados e desenvolvidos ainda no útero, durante a gestação. Esses processos desencadeiam inflamação que altera o desenvolvimento do cérebro e as ligações no hemisfério direito.

Adorno & Kant

Vivemos numa sociedade tecnicista e individualista, e não reside na atração entre os homens, mas no individualismo, formando uma humanidade fria, que não suporta sua própria frieza, mas também não conseguem modificá-la. Adorno traz um conceito sobre a estrutura atual da sociedade em que vivemos, e Kant, por sua vez, sugere um Princípio de Pedagogia que propõe planos para a arte de educar.
Adorno expressa um princípio moral, através de um argumento que relaciona a educação, a civilização e a barbárie, referente ao Holocausto, e Kant, afirma que a educação é uma arte, cuja prática necessita ser aperfeiçoada por várias gerações.

Crença sobre violência na escola

No que se refere à segunda crença, relacionada a uma concepção inatista, considerando que “o conhecimento é concebido como algo que mergulha suas raízes no sistema nervoso, isto é, na estrutura pré-formada do organismo (Piaget, 1987).”, acredito que em alguns casos a violência possa ser de origem genética, e, mesmo tudo sendo determinado, há possibilidades de mudança, pois a criança está numa fase de desenvolvimento construindo sua autonomia, onde o professor pode intervir para que o sentimento de justiça se desenvolva.

Faz-se necessário que a comunidade escolar desenvolva projetos temáticos dando ênfase para a moralidade e a cultura da paz, através do respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos. Onde o indivíduo consiga compreender que seus direitos terminam onde ele começa a invadir a liberdade de agir do outro e que o outro faz parte do meio em que ele estiver inserido.
Que todos possam expressar suas idéias, sentimentos e desejos respeitando e valorizando as diferenças.

Violência na escola!

Como professora, trabalhei na rede pública de ensino e que atende comunidades menos favorecidas financeiramente, e, atualmente trabalho numa escola da rede privada, mas acredito em parte nas duas crenças citadas por Jaqueline Picetti, a respeito da crescente onda de violência que há muitos anos vem se instaurando nas escolas.

Penso que alguns alunos tomam determinadas atitudes não porque vivem na “vila” e quem vive nesse tipo de comunidade geralmente é violento, mas por vivenciarem determinadas cenas de violência. Há uma grande discriminação, pois nos grandes centros urbanos também estão presentes atos de covardia e cenas violência. Não acredito que seja uma concepção empirista, “acreditando que há uma pressão das coisas sobre o espírito e considerando a experiência como algo que se impõe por si mesmo, não havendo necessidade da atividade do sujeito (Piaget, 1987).”
Também não é o ambiente que imprime na pessoa o modo de ser e de se comportar, mas as próprias situações violentas a que as crianças estão expostas no meio em que estiverem inseridas, que deixam cicatrizes profundas, podendo gerar ainda mais violência.

Violência na escola!

A escola em que atuo da mesma forma que muitas escolas, também construímos projetos que trabalham e desenvolvem valores morais, com o objetivo de amenizar e/ou sanar as atitudes violentas entre os alunos. Levando em consideração os questionamentos da professora Jaqueline Picetti, perante as situações de violência observadas por nós professores na escola, com certeza não tem o mesmo significado para os alunos, pois muitas vezes a problemática da violência, faz parte de suas vivências, para eles são normais, não dá nada!

Tenho consciência de que o tema da violência na escola pode ser analisado sob diferentes enfoques, pois esse fenômeno envolve uma multicausalidade e uma circularidade de processos (Osório, 1999).

Trabalho com uma turma de Educação Infantil, com alunos de 5/6 anos, onde as representações da realidade estão presentes na rotina escolar. São crianças que estão na fase pré-operatória e seus pensamentos são egocêntricos, mas capazes de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema. A linguagem deles é o resultado de um longo processo de construção que teve início no nascimento, a partir daquilo que elas fazem (ênfase na ação do sujeito) com aquilo que elas trazem (reflexos e capacidade de adaptação, desdobrando-se em suas funções de assimilação e acomodação) na interação com o meio.

Tento buscar descobrir o que está acontecendo, envolvendo a família na busca de compreender o todo para tomar uma atitude de acordo com as experiências do aluno em seu convívio familiar, pois ele pode e geralmente está representando/reproduzindo a violência sofrida. Muitas vezes os próprio responsáveis acreditam que uma pessoa sendo filha de pais, ou outros familiares agressivos está fadada a ser violenta.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O que é certo? O que é errado?

Ainda no Forum de para Pessoas com Deficiências e Altas Habilidades no RS, na Sala Temática da Educação, a palestrante Vera Lúcia Motiska, falou dos Princípios de acessibilidade: IGUALDADE, LIBERDADE e FRATERNIDADE, através dos quais são constituídos um conjunto de meios para que as pessoas tenham acesso universal.
Também merece destaque, se é que assim podemos dizer a evolução no uso da terminologia adequada:
  • retadardo
  • excepcional
  • pessoas com necessidades especiais
  • pessoas portadoras de deficiência
  • pessoas com deficiência

Novamente existe uma certa exclusão, pois os portadores de altas habilidades, não possuem deficiências e sim habilidades a mais que as pessoas ditas "normais", padronizadas pela sociedade em geral.

O que é certo? O que é errado?

Quem estabelece o certo? Quem estabelece o errado?

Discriminação Racial

Ao participar do Fórum de Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no RS, Francisco Conti, Promotor de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do Ministério Público Estadual no RS, mencionou sobre as leis serem criadas para que as diferenças não existam. Também que penalidades não estão previstas e ainda, que os dirigentes que assumem devem se responsabilizar em cumpri-las. Que os Direitos Humanos servem para defender e/ou proteger os excluídos(índios, pobres, idosos, mulheres, igualdade racvial, PNEEs.
Entre seus relatos e dados apresentados, destacaram-se no que se refere a oferta de Ensino Superior:
  • poucos são os negros acadêmicos, e que em sua própria profissão(Promotor de Justiça), conhece apenas um negro.
  • recentemente, na UFRGS tiveram um acadêmico indígena, que não suportou a discriminação entre colegas, bem como professores e acabou desistindo.

Pôxa! E ainda pensamos não haver discriminação racial em nosso país!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Concepção de índio

Não existe diferenciação entre índios e povos indígenas, pois são designados como povos nativos, como aqueles que viviam numa área geográfica antes da sua colonização por outro povo, ou que, após a colonização, não se identificam com o povo que os coloniza. Portanto, as contradições entre índios X povos indígenas / generalização X identidade étnica se constituíram ao longo da história por interesses políticos, sociais e econômicos da classe dominante. A religiosidade é outro fator determinante e agravante desse preconceito e discriminação, levando os povos indígenas a serem despojados de suas terras e estigmatizados em função dos seus costumes tradicionais.

Acredito que seja difícil encontrar formas de desfazer pré-conceitos que predominam ao se falar de povos indígenas no Brasil. Penso que nós educadores podemos trazer dados sociais, históricos e culturais, promovendo debates em sala de aula. De certa forma, o que nos falta é quebrar modelos que foram politicamente construídos, retratando a imagem do índio. Para isso, faz-se necessário que a sociedade de um modo geral, busque conhecer a realidade das aldeias e identificar o quanto a comunidade indígena precisa de apoio e de respeito. Podemos iniciar essa busca pelos representantes de povos indígenas que vivem no centro da cidade e/ou em perímetros urbanos, comercializando seus artesanatos.

domingo, 31 de maio de 2009

+ Discriminação...

Partindo da construção do mosaico étnico – racial, encaminhei aos pais dos alunos da minha turma, duas questões, Quem é você? / O que você faz? através de uma pequena entrevista, que foram respondidas em duas etapas, como tema de casa: etnia/religião e profissão/lazer.
Percebi nessa atividade o preconceito e/ou receio dos pais em responder as questões, pois de vinte e três alunos da turma, apenas dezesseis encaminharam as respostas. Como a escola pertence à Congregação das Irmãs de Santa Catarina, alguns destes pais vieram na escola para entregar em minhas mãos a entrevista e ainda preocupados, pois não eram católicos.
Nesse sentido, encontrei dificuldades e tratei o tema de forma superficial, construindo gráficos e painéis com as pesquisas realizadas e os dados levantados com as famílias envolvidas. Esses gráficos e painéis, num primeiro momento foram anexados ao mosaico étnico-racial, e posteriormente, foram divididos e compuseram um livro da turma, o Livro III, “Eu e os Outros”. Essa atividade foi desenvolvida com a finalidade de que os alunos pudessem reconhecer as características que identificam seu grupo social, bem como suas necessidades para poderem melhorar a convivência em grupo.


Ao desenvolver a pesquisa de etnias e outros valores sociais, de acordo com Darcy Ribeiro, em sua obra “O Povo Brasileiro” (2000), onde ele se refere a uma “ninguemdade” mestiça que deu origem ao povo brasileiro, “Brasilíndio” confesso que nunca havia lido sobre isso, mas sempre me preocupei em conhecer a origem da família dos meus alunos, não somente como tema gerador ou motivador, mas com respeito à diversidade de nossos ancestrais, e respeitando nossas origens, contribuições de cada povo na cultura gaúcha. Mas jamais imaginei e/ou me reportei a essas práticas que marcam jeitos de ser e estar que reportam à cultura indígena, africana, açoriana – aos “ninguém” de nosso currículo escolar.

Discriminação ...

A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares, e pode através da diversidade de contatos, “ser” o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. Podemos trabalhar sobre a discriminação racial na sala de aula, entendendo-a como um tema indispensável, onde a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta comunidade escolar, compreendendo as diferenças sociais, étnicas e culturais, bem como são produzidas na sociedade. Além disso, podemos considerá-la como complexa ao envolver preconceitos de alunos/professores, devendo ser tratada de forma mais abrangente, podendo ser um espaço de disseminação ou um meio eficaz de prevenção e diminuição do preconceito.
Trabalhar sobre discriminação racial, onde tive de pensar e planejar uma ação educativa com uma abordagem étnico-racial em minha escola, não foi muito difícil. Sempre busquei trabalhar as diferenças sociais e culturais, com respeito e de forma crítica, onde meus alunos pudessem expor e/ou expressar suas opiniões. Mesmo sendo um tema complexo, considero indispensável.
Considero as intervenções pedagógicas indispensáveis nesta fase do desenvolvimento , onde o pensamento da criança pré-operatória é egocêntrico, o que significa que não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema. Essas intervenções acabam contribuindo para que a criança possa conviver na comunidade em que estiver inserida, compreendendo essas diferenças sociais, étnicas e culturais.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Preconceito de fato...

Estive pensando sobre o debate da nossa aula presencial, e, jamais tinha pensado dessa forma sobre a questão das cotas na universidade. Se analisarmos o nosso Curso do PEAD, nos cinco Pólos, são quase quatrocentos acadêmicos, quantos desses estão tendo acesso a essa Interdisciplina de Questões Étnicos-Raciais? Quantos estão tendo a oportunidade de discutir pela primeira vez no Brasil sobre essas questões?

Na verdade novamente são os brancos discutindo e analisando as oportunidades dos decendentes afro-brasileiros! Muito ainda há a ser feito, muitas conquistas, rodeadas de muitas frustrações, lutas, enfrentamentos e estranhamentos.

Como educadores, temos a tarefa de provocar e possibilitar um diálogo entre nossas crianças e adolescentes para que eles consigam perceber essas injustiças sociais e culturais, sendo possíveis agentes de transformação na comunidade em que estiverem inseridos.

sábado, 23 de maio de 2009

Necessides Especiais!!!

Geralmente quando falamos em necessidades especiais tendemos a ter uma visão um tanto limitada! Não nos damos conta que essas necessidades podem ser bem diferenciadas, podendo ser físicas ou neurológicas, e quando falo em \"neurológicas\" cabe salilentar a amplitude do termo.
Assisti ao vídeo e fiz as leituras recomendadas e iniciar respondendo um dos questionamentos referentes a Educação Infantil. Com certeza a habilidade de recortar, picotar, pintar com materiais diversos faz parte do currículo da pré-escola, e, jamais pensamos na possibilidade de receber um aluno com Paralisia Cerebral. Lendo o material desenvolvido onde são descritas várias situações reais que fazem parte da rotina escolar, buscaria nos sites sugeridos opções de como adquirí-los ou fazê-los, adaptando-os. Envolveria a equipe diretiva e ainda os familiares do aluno na tentativa de contruí-los e aprender a utilizá-los.
Também fico pensando em como atender a todos, cada um no seu ritmo...atualmente trabalho com uma turma bem agitada, e já não é nada fácil! Em contrapartida, uma das características marcantes nessa faixa etária é a solidariedade e o companheirismo. No vídeo assistido, é marcante a fala da menina sobre o pré - conceito sobre pessoas diferentes. Incrível também o cuidado dela com a colega diferente, com paralisia. Acredito que os pequenos desenvolveriam muitas ações de cuidado, de proteção e de companheirismo com um aluno com Paralisia Cerebral, ou ainda, outra deficiência física.

domingo, 17 de maio de 2009

Cérebro Infantil interagindo com o meio

Ao ler os capítulos recomendados na Unidade 4, da Interdisciplina de Educação Especial, me chamou a atenção a afirmação de Lefèvre, também citado por Camargo (1994,pg. 17) e diz:

"Desde o nascimento, o cérebro infantil está em constante evolução através de sua inter-relação com o meio. A criança percebe o mundo pelos sentidos, age sobre ele, e esta interação se modifica durante a evolução entendendo melhor, pensando de modo mais complexo, comportando-se de maneira mais adequada, com maior precisão prática, à medida que domina seu corpo."
Com certeza a criança com deficiência, seja ela qual for não pode continuar nesse processo de exclusão. Necessita não apenas estar inclusa numa sala de aula, tendo contato com outras crianças, mas sendo constantemente motivada para que possa interagir com o meio e com as outras crianças e evoluir, comportar-se de maneira mais adequada e aprender a dominar o seu corpo.
Pensando nisso, lembrei de um dos alunos de inclusão com o qual não sabia mais como fazer para que ele conseggisse acompanhar os demais colegas da turma. Já estávamos no entrando no 3º bimestre, quando a nossa tutora, a Celi, me interrogou:
_Como não sabes o que fazer? Como podes dizer que ele não evoluiu? Silvana, agora ele para sentado na tua aula, e nem baba mais!
Pôxa! Muitas são as vezes que lembro desse fato! E realmente, muitas são as vezes em que nos preocupoamos com os conteúdos os quais eles literalmente não conseguem acompanhar e nos esquecemos dde outors fatores essenciais...
Abraços

Educação, civilização e barbárie

Conforme diz no texto “A estrutura atual da sociedade – e provavelmente há milênios – não reside, como se tem atribuído desde Aristótoles, na atração entre os homens, mas sim na busca do interesse próprio de cada um contra os interesses de todos os homens”. Esse conceito penetrou na formação do caráter humano, representando uma humanidade fria, que não suporta sua própria frieza, mas também não conseguem modificá-la. Foi gerada uma nova linha de produção de pessoas frias que precisam ser modificadas. Preciso é que sejam capazes de amarem primeiramente a si próprias, para conquistarem a dignidade de serem amadas.

Talvez como educadora, e, principalmente por trabalhar atualmente com os pequenos da Educação Infantil, a qual o autor aponta como primeira infância tenha a responsabilidade de tentar entender as causas/condições que causam a “falta de amor” entre os alunos e seus familiares. Também tentar combatê-las ou ainda, ajudar na conscientização da frieza em si, apurando os motivos que de um modo geral a ela levaram. Toda política educacional, no contexto em que a civilização (comunidade) estiver inserida deve centralizar-se na necessidade de evitar a repetição das barbáries praticadas em Auschwitz.

domingo, 10 de maio de 2009

Metodo Clínico

Ao realizar a atividade em grupo na Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, no qual após a leitura do material recomendado sobre o método clínico piagetiano e a descrição de algumas provas, nós deveríamos escolher e aplicar uma das provas sugeridas em uma criança de acordo com o roteiro descrito. Como relatora do grupo, apliquei a prova com um de meus alunos.
Confesso que me senti um tanto insegura na utilização do método clínico, pois de acordo com PIAGET, o “bom experimentador deve, saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. Com certeza deixei que o aluno falasse, mas não sabia com precisão a resposta que deveria buscar. O raciocínio do meu aluno foi muito rápido, e o que mais me deixou intrigada foi o fato dele estar acostumado a brincar disso.

Racismo na Escola

“A reprodução do racismo na escola é um dos temas mais relevantes da agenda dos movimentos sociais
negros, em todo o país. Não sem razão, evidentemente. Por trás das altas taxas de infreqüência, repetência e evasão escolar verificadas entre as crianças negras, existe um denominador comum: a estigmatização e a desqualificação delas em razão do racismo”
(MOREIRA, 1997, p. 102).
Confesso que li e reli essa afirmação de MOREIRA. Nas primeiras vezes que li, discordei como um todo, mas após as entrevistas de alunos afro-descendentes, esse denominador comum fica evidente! Eu sempre tive amigos negros e nunca os vi de forma diferenciada, pra mim eram iguais e tinham asd mesmas oportunidades. Da mesma forma que eu estudavam em escolas públicas, e diferente de mim, alguns desses já tem uma ótima formação superior e consequentemente são bem sucedidos profissionalmente.
Porém, nunca havia percebido que eles estão e/ou são estigmatizados e desqualificados em razão do racismo. Nas entrevistas todos mostram preocupações com estudos, tirar boas notas para poderem competir com dignidade no mercado de trabalho! Ainda que não haja taxas de infrequencia, evasão e repetência entre alunos negros, a escola tem um papel de fundamental importância, necessitando que nós educadores tenhamos um olhar diferenciado abrangendo todas as dimensões citadas e pesquisadas por Marilene Paré.

domingo, 3 de maio de 2009

Expressões Afro-Culturais ...

Ainda não consegui fazer as entrevistas com alunos negros referentes a Interdisciplina de Educação Étnico-Racial, pois na escola em que trabalho atualmente não existem alunos negros. Fazendo um retrospecto, tirando as turmas de educação infantil, já tive aproximadamente vinte turmas de ensino fundamental, e somentre um aluno negro ... Boykin, afirma em sua pequisa ter detectado a existência de nove grandes dimensões da expressão afro-cultural comum a todos.
Confesso que consegui como educadora, relacionar essas dimensões à outros grupos que sofrem discriminações no ambiente escolar. Conforme HAMACHECK, 1979, a maioria dos alunos que evadem tomam essa decisão por baixa auto-estima e por se sentirem desvalorizados. Pensando nisso e diante da realidade escolar, vejo muito mais discriminação sobre alunos com dificuldades de aprendizagem do que sobre negros.
Posso até estar enganada, pois ainda não fiz as referidas entrevistas...
Abraços

domingo, 26 de abril de 2009

Fardo de um professor

Ao realizar a atividade de Filosofia da Educação referente ao filme O Clube do Imperador, trouxe à tona uma grande preocupação minha como educadora. Me refiro onde por alguns instantes o professor Hundert deixa transparecer ter fracassado ao proporcionar uma chance no passado a um aluno e ele ter se tornado um mentiroso e um homem sem virtudes. Mas após a homenagem afirma que "o valor de uma vida não é determinado por único fracasso ou um sucesso solitário. Por mais que tropecemos o fardo de um professor é sempre esperar que o aprendizado possa mudar o caráter de um garoto e assim mudar o destino de um homem."

Muitas foram as vezes em que apostei nos meus alunos, pensando que todos tendo boas oportunidades podem se tornar homens de bem. Fica aí uma grande lição caráter não se pode mudar com aprendizados, ou seja, independe do educador, dependede do querer do próprio indivíduo evolvid na aprendizaem.

Divesidade Énico-Racial

Trabalhar sobre discriminação, onde tive de pensar e planejar uma ação educativa com uma abordagem étnico-racial em minha escola, não foi muito difícil. Sempre busquei trabalhar as diferenças sociais e culturais, com respeito e de forma crítica, onde meus alunos pudessem expor e/ou expressar suas opiniões. Mesmo sendo um tema complexo, considero indispensável.

“Indispensável porque é neste momento que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas, religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade. Complexo, pois envolve não somente os preconceitos dos alunos/as, mas também dos próprios professores. Em função disso muitas vezes este tema ou é tratado de forma superficial, enfatizando só o sentimento de consideração por ter o negro contribuído para a construção da ‘nação brasileira’, ou é simplesmente ignorado.”

Bastante forte e reflexiva a citação acima retirada do texto de Luciane Andréia Ribeiro Leite. Baseada no seu texto, eu busquei desenvolver uma proposta de contar a história infantil da Menina bonita do laço de fita, resgatar alguns valores sociais e porque não cristãos, sendo que trabalho numa escola de cunho cristão. Também considerei o fato de meus alunos serem pequenos e estarem em formação física, cognitiva e moral, para desenvolver essa proposta pedagógica tornando-os sujeitos ativos do processo como “cuidadores” da menina (boneca). Acredito que a atitude de envolver os pais nesse processo de aprendizagem também enriquece o fazer aprendendo e ensinando, onde eles também sabem dos valores que estão sendo passados aos seus filhos no ambiente escolar.

Períodos do Conhecimento


Através de leituras sugeridas na Intriciplina de Psiclogia, a própria teoria de Piaget passa por níveis que, não por acaso, são divididos em quatro, tais como os quatro grandes períodos do desenvolvimento cognitivo na sua obra. Acredito que consegui num dos trbalhos, sintetizar características relevantes para poder identificar e compreender os quatro períodos ou estádios do conhecimento humano, que poderão me auxiliar nas atividades didático-pedagógicas.

Esse estudo realizado por Piaget, serve para que ´educadores possamos entender e ampliar nossos conhecimentos, para sabermos “qual a origem do conhecimento humano” e ainda, “como se passa de um conhecimento mais simples a um mais complexo”. Faz-se necessário estarmos atentos ao caráter integrativo do sujeito envolvido, onde podemos distinguir em qual estádio ele se encontra observando sua relação com o objeto, suas características cognitivas, sua maneira de pensar, que se reflete na maneira como ele lida com suas dificuldades no ambiente em que está inserido.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cultura Indígena

Resolvi postar aqui alguns vídeos que fiz na escola em que trabalho, durante uma conversação dos índios com alunos de Educação Infantil, 1º e 2º anos. São índios Caigangues da Reserva Nonoai.

Canção Indígena

Fala Indígena

India lendo reportagem do Jornal A Opinião

domingo, 19 de abril de 2009

Contribuições Indígenas

O vídeo abaixo foi feito na escola onde trabalho, na semana passada quando uma família indígena, representada por uma Índia, seu filho e duas netas foram conversar com os alunos. São Caigangues e vivem na Reserva Nonoai, estavam de passagem em Sapiranga, vendendo seus artesanatos.

Não foi exatamente uma palestra, mas as crianças reunidas em dois grupos distintos, 4ª a 8ª série e Educação Infantil, 1º e 2º ano, fizeram perguntas de acordo com suas curiosidades, e é claro sob orientação das porfessoras. Atualmente, na reserva, existem várias aldeias, representadas por diversos povos, há uma miscigenação marcante, índios casados com brancos, com negros, diversas religiões, mas no que se refere aos chás e ervas, continuam utilizando-os na cura de doenças, bem como ainda caçam tatus, veados e vivem da pesca e agricultura.

Surgiram perguntas diversas, mas percebi a influência da mídia na cultura dos índios, bem como na nossa. Assistam o vídeo e comprovem como a "novelas das índias" na Rede Globo, já chegou entre os índios caigangues...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Aprendizagem contruída e não concluída


"O mundo do objeto fornece o conteúdo (assimilação), o mundo do sujeito cria novas formas (acomodação), a partir das formas dadas (reflexos) na bagagem hereditária. Posteriormente, as próprias formas, construídas por este processo de abstração reflexionante, transformam-se em conteúdos a partir de cuja assimilação constroem-se novas e mais poderosas formas. É a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo (BECKER, 2001a, p. 20)."



Pensando no meu relato de aprendizagem na Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sobre o Enfoque da Psicologia II, e de acordo com a citação acima, passei por todas estas fases no decorrer do processo.
O mundo que recebi ao assumir a nova função na Secretaria de Educação me forneceu diversos conteúdos (rascunhos de projetos), diversas fontes de pesquisas, as quais eu consegui assimilar. Através do estudo das mesmas, criei novas formas, ou seja, busquei opiniões dos colegas e novas fontes de consulta e de aprendizagem com a finalidade de acomodá-las.
Conforme BECKER, 2001a, estas formas dadas são reflexos na bagagem hereditária, construídas pelo processo de assimilação que se transformam em conteúdos. Poderia resumidamente afirmar que com minha ação, minha iniciativa de busca por outras formas de aprendizagem, eu construí novos conhecimentos, o chamado mundo do conhecimento.
E, ainda, esse mundo de conhecimento está em constante formação ...

Políticas Públicas

Dentre as ações desenvolvidas pela SEESP estão o apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino para a oferta e garantia de atendimento educacional especializado, complementar à escolarização, de acordo com o Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008.
Vários programas podem ser buscados junto a Secretaria de Educação especial para melhorar a qualidade do ensino diante as dificuldades encontradas para atender alunos com NEE. Penso qu muitas outras ainda são necessárias serem revistas, pois muitos pais desconhecem seus direitos e/ou ainda, desconhecem das dificuldades de seus próprios filhos.
Abraços

domingo, 5 de abril de 2009

Ao participar do fórum de filosofia, onde preciso comtinuar refutando os argumentos das colegas que devem defender a atitude de Claude como antropólogo, num grupo de nativos, me fez pensar muito nos grupos sociais aos quais convivo.

Família, religião, escola, secretaria de educação, enfim, como é difícil saber ouvir, saber respeitar, sem deixar de contribuir nessas relações sociais. Pois acredito que no momento em que deixarmos de participar, de mostrar outros modos de fazer e/ou sentir e ver o mundo, estaremos nos omitindo, não estaremos fazendo a nossa parte para termos um mundo melhor. Em contrapartida, o outro jamais conseguirá perceber, ou ainda, levará muito mais tempo para conhecer outras culturas, de aprender e evoluir com o outro.

O antropólogo francês, Claude Lee, na sua missão de pesquisar os hábitos dos nativos de uma ilha na Polinésia, tem o cuidado de não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial. E ainda questiona:

"Como poderíamos abstrair sinceramente a concepção de mundo que herdamos da nossa cultura e avaliar imparcialmente todas as culturas?"

Jamais poderei julgar o modo de ver de um antropólogo, mas como educadora, me sinto responsável na comunidade escolar em que atuo. Acredito que nós educadores podemos fazer a DIFERENÇA, mostrando que existem inúmeras possibilidades de ver e sentir o mundo. Basta acreditar e lutar por um mundo melhor!

Abraços

sábado, 21 de março de 2009

Expectativas para 2009/02


Confesso que inicialmente fiquei bem irritada com termos de retomar o PA, mas saber analisar as partes, o seu desenvolvimento, permitirá uma compreensão do todo. Particularmente nunca gostei de escolher um tema, sempre tive dificuldades nisso, e, pensar numa questão para ser investigada, com tantas atribuições que tenho na escola, na SMED, na família, somados as preocupações e "auxílio" que ainda preciso prestar a minha filha, por tempo indeterminado, acabei escolhendo um tema e nem sei justificar porque o escolhi. Talvez por ser atual na época, estar iniciando a temporada dos ciclones ou ainda por estar nas manchetes aqui do sul do país.

Espero e sei que enfrentaremos novos desafios no que se refere a inclusão, filosofia, educação étnico-racial, enfim, muito a ser feito, a ser respondido, a ser investigado, e, principalmente a ser refletido e questionado...

Conquistas 2008/02


“A aprendizagem é a nossa vida, desde a juventude até à velhice, de fato quase até à morte; ninguém vive durante dez horas sem aprender”.
Paracelso


A cada dia adquirimos e/ou construímos uma nova aprendizagem com os colegas de profissão e com os alunos, que requer reflexão, pois ao ensinar aprendemos e com essas aprendizagens ensinamos melhor. Isso se transforma num ciclo contínuo, e, muitas vezes não nos damos conta da amplitude do nosso trabalho.

Acredito que minha maior conquista no semestre passado tenha sido em relação a gestão escolar, pois sempre tive somente a visão de sala de aula, e, com o referencial teórico das Interdisciplinas somados as oportunidades que estou tendo na Secretaria de Educação permitiram um entendimento maior de todas as partes. Quanto a Interdisciplina de Psicologia na Vida Adulta e o desenvolvimento do PA, não me prenderam muito, apenas fui desenvolvendo e cumprindo as atividades na medida do possível.