sábado, 15 de novembro de 2008

Mapa Conceitual ...



Podemos dizer que o clímax de nosso trabalho foi à entrevista com o professor Eugênio Hackbarth. E, consequentemente veio o desânimo com suas respostas simples e diretas que responderam nossa questão de investigação. A partir disso, fui desanimando aos poucos, estava muito preocupada comigo mesmo, pois passava dias e dias entrando na página do nosso PA e saindo. Achava a página desorganizada e ficava sem ação, sem saber o que comentar e/ou fazer. Foi quando resolvi tomar uma atitude, lendo todo o material coletado e construindo um mapa conceitual, o qual possibilitou um grande aprendizado, tanto na área de conhecimentos, quanto ao uso da tecnologia. Ficou ótima nossa versão 3, com links e tudo!

Álbum de Retalhos



“Só na velhice a mesa fica repleta de ausências.
Chego ao fim, uma corda que aprende seu limite
após arrebentar-se em música.
Creio na cerração das manhãs.
Conforto-me em ser apenas homem.
Envelheci,
tenho muita infância pela frente.”

Síntese Psicologia

Após registrarmos nosso planejamento inicial na aula presencial, onde decidimos nossas ações a serem percorridas, bem como um título para o nosso trabalho, que ficou definido com Velhice na Modernidade, passamos a buscar e organizar nossas ações na página de nosso pbwiki.

Dentre essas ações, justificamos a escolha do tema escolhido, relacionamos alguns tópicos a serem abordados e optamos por entrevistas e saídas de campo para a realização de visitas a asilos locais, a qual seria fator fundamental para comparar as entrevistas com a pesquisa realizada na internet, revistas e informativos. Constatamos que a falta de tempo para nós professores e gestores que trabalhamos 40 horas semanais, prejudicou o andamento do nosso trabalho no que se refere ao levantamento de dados.

Apesar de realizarmos entrevistas com alguns idosos e adultos, mesmo que num número insuficiente, podemos observar questões bem intrigantes, principalmente quanto à preocupação dos entrevistados em buscar uma melhor qualidade de vida. A maioria fala de ter uma boa alimentação e adequada, praticar alguma atividade física, para se ter saúde e poder desfrutar de dias melhores sem depender dos outros. Outro fator citado foi a preocupação dos mesmos em manter a mente ocupada, através do trabalho, da busca por cursos ou ainda leituras e lazer.
Quanto ao “Ser Idoso”, os entrevistados demonstram características de dignidade, descritos por Sarlet e Jorge Miranda, registrados em nossa pesquisa. Em especial um dos idosos, ao afirmar que idoso “é uma pessoa feliz, a pessoa que chega a ficar velho deve agradecer a Deus.” Mesmo sem conhecermos esse indivíduo, ela deixa transparecer que consegui passar todas as suas etapas de maneira digna e ainda com gratidão.

Por outro lado, em uma das entrevistas, um idoso declara que “Pessoa idosa é aquela pessoa que não tem boa saúde; tem mais de 60 anos; não possui uma vida ativa e é obrigada a depender de outros para locomover-se.” E, um outro idoso, comprova isso em poucas palavras: “Cheia de dores, rsrsrs”..., além de desânimo e comodismo ao dizer que para se ter um bom envelhecer é necessário “viver bem consigo mesmo” Pensa que é possível viver com autenticidade e alegria, mas não sabe relatar como, pois desconhece seus direitos e até mesmo motivação necessária para fazer essa busca dentro de si mesmo.

Poderíamos ter acrescentado outra questão aos entrevistados, quanto aos investimentos públicos e privados na área da Melhor Idade, pois a maioria dos indivíduos desconhece a legislação vigente. Também é importante a conscientização da sociedade que o envelhecimento faz parte do nosso ciclo de vida, sendo parte integrante de nossas vidas, e, acima de tudo, começamos a envelhecer no momento em que nascemos. Portanto, não devemos nos preocupar com a velhice na proximidade da chamada 3ª idade, ou ainda, melhor idade, mas em viver cada etapa de nosso ciclo vital com dignidade e da melhor maneira possível, para termos uma velhice com mais qualidade de vida.

Auto-Avaliação

Refletindo sobre a minha caminhada e revendo o percurso através da minha participação na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade, pude perceber certo crescimento e alguns desafios vencidos que servem como uma possibilidade de repensar a educação e a sociedade.

Nas palavras de Durkheim: “(...) toda educação consiste num esforço contínuo para impor à criança maneiras de ver, sentir e de agir às quais ela não teria chegado espontaneamente”. Assim sendo, foi um grande desafio realizar as atividades propostas que jamais teria chegado ao entendimento da educação como sendo um fato social e com o papel de socialização dos indivíduos, na formação da consciência social humana.

Procurei atender sempre ao que foi solicitado nas atividades e contribuir nos fóruns de discussão, sendo pontual nos prazos combinados. A única contribuição de outro autor que lembro de ter trazido, é de Gilberto Dimenstein, sobre o significado de Cidadania, que já tive oportunidade de trabalhar num projeto chamado Exercendo a Cidadania com minhas turmas de quartas séries, numa escola da periferia no município de Sapiranga.

Refiz minhas atividades sempre que sugerido pela professora e tutoras postando-as no webfólio como versão dois, mas não recebi retorno das mesmas. Também percebi que as duas últimas atividades referentes ao trabalho docente e a desigualdade educativa não foram comentadas. Creio que tenham sido lidas e estejam de acordo com a atividade proposta e não tenha de refazê-la.

Sem dúvidas tudo que eu aprendi na ECS é importante para minha formação docente e o meu trabalho como professora, principalmente a definição de educação, como sendo uma constante busca pela perfeição. Sendo que esta perfeição é muito pessoal, variando conforme as vivências sociais, as oportunidades e os objetivos de cada um. Para definir educação, será preciso considerar os sistemas educativos pelos quais já passamos e os existentes atualmente, buscando as características comuns. Talvez, através do estudo desses pontos comuns, poderemos encontrar a definição perfeita que tanto procuramos para a educação.

“Pensamos numa educação avançando rumo ao desenvolvimento e à construção de uma verdadeira cidadania, mas permanecemos prisioneiros dos modelos culturais do parasitismo e da dependência colonial. Debatemos soluções convencionais que estorvam todo avanço. Esse paradoxo encontra sua explicação não na organização escolar enquanto tal, mas na cultura e na mentalidade conservadora de uma sociedade de tipo oligárquico.”

Indispensável é a mudança de mentalidade e de atitudes dos profissionais da educação na formação de alunos críticos e criativos, para que possam assumir e resolver seus próprios problemas. Que reconheçam e saibam lutar por seus direitos de cidadãos, cumprindo com seus deveres que jamais podem invadir o direito dos outros, vivendo e construindo uma sociedade mais justa.

Trabalho Docente

Esse é meu sexto ano letivo. Talvez por estar pouco tempo em sala de aula, luto por igualdades de condições. Acredito que todos nós temos habilidades e competências, ou seja, condições de aprender, mas cada um no seu tempo e no seu ritmo, basta sermos motivados e envolvidos emocionalmente.

Mesmo quando a pedagogia é enraizada de maneira concreta, através de vivências ocorridas no trabalho docente, onde o professor é um sujeito de seu próprio trabalho e ator de sua pedagogia, ocorrem dúvidas e inseguranças. Muitas vezes, o professor precisa se utilizar de improvisos, negociar e adaptar de acordo com a suas necessidades e dilemas que marcam o trabalho por eles realizado.

Como já afirmei anteriormente, acredito que a formação continuada é um fator indispensável na melhoria do ensino, além da mudança de atitudes dos professores, para termos uma educação de qualidade e ocorrerem mudanças significativas. Em contrapartida, fala-se muito em inclusão, e, apesar desse termo estar em moda, o professore não recebe a capacitação adequada para avaliar esses alunos diferentes de maneira justa e adequada, restando-lhes o improviso e a adaptação como marca de seus trabalhos realizados.

A perspectiva marxista de educação

Muitas mudanças são necessárias visando à construção de concepções de mundo, de acordo com a realidade da educação brasileira. Muitos são os caminhos apontados, pelas instituições e órgãos públicos. Mas eu acredito que a principal mudança que fará a grande diferença na educação é a mudança de pensamento dos professores. A visão dos professores no que se refere à Capacitação e Formação Continuada de Profissionais de Educação, tão presente nos dias de hoje, precisa ser repensada e/ou refletida com mais seriedade.

Como professora atuante na rede municipal, e, como profissional do Departamento de Educação (SMED), eu tenho percebido que essa questão não é levada a sério. O que observo é uma verdadeira “corrida” por certificados. Professores que se reúnem para tomar chimarrão e conversar sobre futilidades, sem o mínimo respeito ao profissional e/ou palestrante responsável pela formação. Logo no primeiro encontro, já querem saber quantas faltas podem ter, para receberem certificação.

Além disso, acredito que essas capacitações não devam se restringir somente aos educadores/professores. O MEC já está oferecendo capacitações para os funcionários, como por exemplo, o Pró-funcionário. É um curso de educação à distância, de nível médio, voltado para os trabalhadores que exercem funções administrativas nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de educação básica. Teve início no Norte do país em 2005, ampliou-se e atualmente já acontece em 11 estados-pilotos.

Vejo a formação como um fator indispensável, mas sem dúvidas, a mudança de atitudes do profissional de educação é de fundamental importância para termos uma educação de qualidade, bem como ocorram mudanças significativas.

Desigualdade Educativa

O paradoxo no qual se encontra a reforma educativa brasileira é perfeitamente descrito por Benevides (1996, p. 22):

“Pensamos numa educação avançando rumo ao desenvolvimento e à construção de uma verdadeira cidadania, mas permanecemos prisioneiros dos modelos culturais do parasitismo e da dependência colonial. Debatemos soluções convencionais que estorvam todo avanço. Esse paradoxo encontra sua explicação não na organização escolar enquanto tal, mas na cultura e na mentalidade conservadora de uma sociedade de tipo oligárquico.”

A afirmação de Benevides quanto ao conflito atual da educação brasileira explica perfeitamente a cultura da nossa sociedade conservadora. Sempre que me refiro a cidadania, lembro do autor Gilberto Dimenstein, no Livro O Cidadão de Papel, ao afirmar que “Cidadania pode significar muitas coisas, mas acima de tudo, é o direito de viver decentemente”. Mas como viver decentemente, e, romper com as desigualdades sociais e educativas, diante da insuficiência dos recursos para a educação pública, em comparação com a rede particular?
Não acredito que o ensino particular seja melhor, mas sim possuem mais recursos para atender decentemente a sua demanda. No que diz respeito ao corpo docente se mobilizar em prol da educação da rede pública, visando melhores salários, sinceramente, não acredito que esse aumento vá mudar e melhorar a educação de um modo geral. Muitas vezes vejo professores desmotivados e insatisfeitos que não se adaptam e/ou nunca se adaptaram a situação sala de aula, persistir na profissão apenas por estabilidade financeira, mesmo que seja um salário defasado.
Indispensável é a mudança de mentalidade e de atitudes dos profissionais da educação na formação de alunos críticos e criativos, para que possam assumir e resolver seus próprios problemas. Que reconheçam e saibam lutar por seus direitos de cidadãos, cumprindo com seus deveres que jamais podem invadir o direito dos outros, vivendo e construindo uma sociedade mais justa.

Perspectiva positivista da educação.

Para Durkheim a educação é um fato social e tem o papel de socialização dos indivíduos. A educação é um dos mecanismos coercitivos de primeira ordem, pois esta opera ainda no alvorecer da formação da consciência social humana. Nas palavras de Durkheim: “(...) toda educação consiste num esforço contínuo para impor à criança maneiras de ver, sentir e de agir às quais ela não teria chegado espontaneamente”.

Segundo KANT, "o fim da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz...”. Eu particularmente discordo dessa afirmação, pois acredito que todos têm capacidades o que difere é ritmo de cada um. Penso que a educação é a forma mais ampla de conhecimento, abrangendo todas as áreas de conhecimento, de acordo com as vivências e anseios do grupo social envolvido, com a finalidade de desenvolver suas competências e habilidades.

A educação é a ação exercida pelos adultos sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social. Tem por objetivo principal desenvolver na criança valores físicos, intelectuais e morais, de certa forma exigida pela sociedade. Esse vem a se o caráter social da educação, que consiste numa socialização metódica das novas gerações.

Cada indivíduo tem suas relações com o grupo social em que está inserido, fazendo parte de sua vida pessoal. Além disso, pertence a outros grupos diferentes de acordo com suas as crenças religiosas, as crenças e práticas morais, as tradições nacionais ou profissionais, as opiniões coletivas de toda a espécie. O conjunto dessas crenças e valores forma o ser social, que formam e/ou fazem parte de nossa educação.


Desejando melhorar a sociedade, o indivíduo deseja melhorar a si próprio. Por sua vez, a ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação, acaba levando o indivíduo à auto-reflexão, engrandecendo-o e tornando-o um ser melhor. O poder do esforço constitui, precisamente, uma das características essenciais do homem.

Acredito que a educação é a constante busca pela perfeição. Mas esta perfeição é muito pessoal, variando conforme as vivências sociais, as oportunidades e os objetivos de cada um. Fazem-se necessário levar em conta o momento do indivíduo, as necessidades que cada um tem em cada situação de sua vida. Para definir educação, será preciso considerar os sistemas educativos pelos quais já passamos e os existentes atualmente, buscando as características comuns. Talvez, através do estudo desses pontos comuns, poderemos encontrar a definição perfeita que tanto procuramos para a educação.

Ser professor...

Ser professor é ter nas mãos a oportunidade de despertar a magia do saber, abrindo novos caminhos onde há possibilidade de se criar fantasias buscando e atingindo o real desejo de ser.

Mas qual a minha fantasia? O que realmente desejo ser?

Professor eu já sou! Mas que tipo de professor?

Como professor, tenho buscado acima de tudo o prazer em aprender com o outro e acima de tudo saber respeitá-lo como ser humano, com todas as suas peculiaridades. Essa interação professor e aluno exigem muita responsabilidade, segurança e competência profissional e conseqüentemente um constante movimento de aprimoramento pessoal e profissional, para uma formação voltada para a criticidade e respeito pela cultura que nos cerca.

A cada dia há uma nova aprendizagem em nossa vida. Ao ensinar aprendemos e com essa aprendizagem ensinamos melhor. Isso se transforma num ciclo contínuo, e, muitas vezes não nos damos conta da amplitude do nosso trabalho que muitos consideram uma missão: mover o mundo através do operário ou presidente que um dia passou por sua mão. Pois, trabalhamos em grande mutirão lançando as primeiras bases que transformarão idéias em projetos repletos de emoções, lembranças, imaginação, que nos falam sobre pessoas que marcaram e/ou marcam nossa vida, sobre mestres inesquecíveis, sobre a arte de ensinar e aprender, sobre conquistas, inquietações e recordações. Fechando esse ciclo automaticamente repensamos o nosso papel enquanto professores e o verdadeiro papel do professor na vida de cada um.

Mas afinal:
Como se forma um professor? Será que um professor se forma ou está em constante formação?

Acredito que somos seres em evolução, pois estamos sempre aprendendo e em constante formação. Atualmente as Ações do MEC, estão diretamente ligadas à formação continuada dos profissionais da educação, visando uma melhoria significativa abrangendo todos os profissionais desta área. Ouvimos muito a expressão: “é preciso investir na educação!”. Mas na educação de quem? Muitos são os colegas educadores que buscam faculdades no intuito de receberem receitas e/ou manuais e freqüentarem cursos de formação continuada oferecidos pelos municípios visando apenas a certificação, necessária ao plano de carreira.

Atualmente participei de um grupo de estudos de formação continuada, oferecido pelo MEC em parceria com a Unisinos, FAMURS e UNDIME, o NUPE, no qual tive a oportunidade de vivenciar os dois lados. Fiz capacitação para ser coordenadora e participei ativamente do grupo como professora, trazendo minhas experiências e vivências de sala de aula. O número de inscritos foi surpreendente, mas praticamente a metade dos inscritos compareceu somente ao primeiro encontro. Ao tomarem conhecimento de que seria um grupo de estudos, onde todos seriam professores e que a troca de saberes e experiências que deram ou não certas em sala de aula, seria fator determinante para o sucesso do grupo, literalmente sumiram.

Também estou cursando Mídias na Educação – SEED/MEC, na busca de novos caminhos e de novas oportunidades de trabalhar em sala de aula as diferentes mídias, sejam elas impressas ou não. Ainda em agosto estamos encerrando o Ciclo Básico, restando ainda o Intermediário e o Avançado. Além disso, como estou trabalhando com Educação Infantil, tenho em vista o Pró-Letramento, que se assemelha muito com o NUPE, no que se refere a contribuir para que se desenvolva nas escolas a cultura de formação continuada, mas se restringe à área de alfabetização nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Muitas são as dificuldades para disponibilizarmos tempo para formação continuada. Porém para uma melhoria das aprendizagens em sala de aula, no trabalho que desenvolvemos com nossos alunos, torna-se indispensável tais formações. Ser professor no mundo de hoje é um é um reflexo de sua vivência dedicada à educação, na lida com comunidades as mais diversas e carentes de uma educação que a verdadeira democracia deveria abordar e construir.




Elementos Fundamentais da Gestão Democrática

Uma escola democrática necessita de uma gestão democrática, que por sua vez deve ter autonomia e participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar, representados por pais, alunos, professores e funcionários. Uma Gestão Democrática, por sua vez exige co-responsabilidades de todos os segmentos, mas a escola deve oferecer informações para que possam construir democracia.

Como por exemplo, o Grêmio Estudantil que se reúne para decidir ações que desejam realizar na escola, apresentam a Equipe Diretiva que por sua vez decidirá propostas em reunião pedagógica para planejar os momentos que serão vivenciados na escola. Outra atitude democrática é lutar por recursos materiais e pedagógicos, onde o Conselho Escolar se reúne para discutir essas e outras ações e investimentos sempre envolvendo o comprometimento de todos, pois o Conselho Escolar não está separado da sociedade. Existe uma grande dificuldade de se entender que a Pedagogia possa ser discutida por outras áreas que não seja a educação.

A eleição de diretores pressupõe uma atitude democrática, porém a LDB deixa em forma de lei, as Secretarias de Educação e os gestores municipais decidirem de que forma se dará. Portanto continua sendo praticamente uma decisão de cultura política. Torna-se um grande desafio para um professor assumir a função de gestor e enfrentar novas experiências complexas em que lida diretamente com a diversidade a individualidade de opiniões de seus próprios colegas, também professores sobre as atividades que envolvem a escola. Só será competente se tiver um bom relacionamento entre gestores e educadores. Relações de autoritarismo entre gestores e professores, nos impedem de discutir o que é uma escola de qualidade, principalmente por ser um país com tantas diversidades culturais e sociais.

Além disso, a tríplice aliança formada pela escola, família e sociedade é uma relação conflituosa, pois atuam isoladamente. Precisamos aprimorar a forma de lidar com o consenso tornando o conflito uma harmonia, conciliando opiniões, aceitando que existem diferentes atores da escola, e, principalmente ser bons ouvintes e sabendo dialogar.

Sabemos que precisamos agir e participar coletivamente, mas não sabemos exatamente como agir diante do coletivo e nos vemos diante de discussões intermináveis. Esquecemos que participar coletivamente não é concordar com tudo e que exige espírito democrático formado através do discordar, do diálogo e da negociação. Democracia é um processo cultural e político, o qual nós estamos sempre perseguindo.

Organização Curricular da Escola

A escola em que atuo segue a pedagogia tradicional, com os componentes curriculares divididos em conteúdos específicos por séries ou anos de estudo. Concordo que a prática mais importante implantada pela escola seja o desenvolvimento do currículo escolar, pois ele serve de orientação para as ações que serão desenvolvidas no espaço escolar. Em nossa escola ele é organizado de acordo com a filosofia da Mantenedora e a legislação vigente, em regime seriado, e a proposta pedagógica voltada a uma postura religiosa, humana, crítica e afetiva.

Segundo o regimento, a metodologia do estabelecimento tem a marca da participação de todos no processo de ensino e aprendizagem do saber pensar, do saber fazer, do aprender a aprender, do ser e do conviver com a apropriação e socialização do conhecimento. Parece um tanto contraditório, pois a metodologia fala em “participação de todos”, mas os “Planos” são organizados e aprovados pela mantenedora. A partir desses “planos”, o professor elabora os seus planos de trabalho e atividades levando em consideração a realidade de cada turma, os objetivos e conteúdos e a proposta educacional da escola. Mas na verdade não é!

No início durante esse ano letivo, numa das reuniões pedagógicas, fomos questionados sobre as modificações necessárias no PPP da Escola, mas nada foi sugerido, nem mesmo através de registros escritos. Ainda no início desse mês, recebemos uma listagem com o Plano de Atividades da Educação Infantil, para que classificássemos em Maternal, JNA e JNB, ou até mesmo não se aplica. A falta de interesse entre as colegas em utilizar o tempo proposto, na própria reunião foi total, e, a coordenadora está praticamente implorando para que todas entreguem a tarefa realizada. Penso que essas questões deveriam ser tratadas com mais tempo e dedicação, a própria coordenação deveria ser mais “pedagógica” ou quem sabe “didática”.

Quanto ao item avaliação, acredito que as propostas da escola estão de acordo com a legislação vigente. Inclusive no Avanço e na Progressão Parcial.

Sistemas de Ensino

Trabalho numa escola particular, através de um convênio com a Prefeitura Municipal de Sapiranga. Comparando com as escolas da rede municipal de ensino, percebo que há diferenças de organização entre elas, como por exemplo, o calendário e o sistema de avaliação. Sempre imaginei que por serem particulares tinham mais autonomia, mas não funciona dessa forma, pois as escolas particulares são regidas por uma mantenedora privada.
A autonomia de organização da escola é delimitada pela legislação e normas nacionais e por exigências do sistema e da rede de ensino. Em nosso município, o compromisso de todos norteou o trabalho em todas as instâncias para a resolução de problemas educacionais, não somente na área das competências, mas também com os demais níveis e modalidades de ensino. O Conselho Nacional de Educação confere as normas e ações da união, que atingem todos os sistemas de ensino, incluindo os estaduais e municipais.
A União atua diretamente na educação escolar através da manutenção e organização da rede federal de ensino e aos programas suplementares das redes estaduais e municipais. São três conjuntos que articulam um conjunto maior no que se refere ao planejamento, financiamento, gestão e avaliação por competências coordenadas pela União.
Cabe ao município oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escola, priorizando o Ensino Fundamental, podendo optar por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. Ao Estado, assegurar o ensino fundamental e oferecer o ensino médio, definindo com os municípios formas de colaboração na oferta de ensino fundamental. A União o financiamento do sistema federal de Ensino e assistência técnica e financeira aos estados e municípios, garantindo o mínimo de qualidade de ensino.
As três etapas de governo possuem responsabilidades de acordo com suas prioridades. Cada esfera deve aplicar 25% em educação, conforme a Constituição. No planejamento, através de lei, devem elaborar Planos Nacionais de Educação, observando a articulação entre os níveis de ensino, estabelecendo metas e objetivos para a contribuição dos três níveis governamentais.

Reflexão - Profissionais da Educação

Sou professora nomeada no município de Sapiranga, onde trabalho a mais de cinco anos. Existe um Plano de Carreira, não o conheço sua estrutura como um todo, mas sei que trabalho 20 horas em sala de aula, sendo que duas dessas horas são horas-atividade, onde o professor de Educação Física assume a turma, são meus horários de planejamento.
A Secretaria de Educação – SMED oferece cursos de capacitação e formação continuada, que são considerados para a promoção de classe na carreira. A cada cinco anos, apresento os certificados que deverão somar a quantidade de pontos exigida e recebo 5% a mais, além dos anuênios.
Estudar aqui no PEAD, tem sido muito trabalhoso, e tenho “pouquíssimo” tempo disponível para realizar as atividades propostas. Mas está possibilitando muitos conhecimentos sobre a educação básica, política educacional, sistemas de educação e para a minha própria profissão, pois permite estabelecer a relação teoria-prática. Estudei na FEEVALE por quatro semestres e cursei cadeiras do penúltimo semestre de Normal Superior, e, confesso que nenhuma delas foi tão prática quanto as Interdisciplinas do PEAD.
Trabalho numa escola urbana, centralizada, e, apesar de ser uma escola da rede particular, suas condições físicas são precárias, inclusive das salas de aula. Tenho uma turma de educação infantil, e os materiais pedagógicos e mobiliários, foram oferecidos pelo município. Talvez por conhecer bem os laboratórios de informática do município, acho o da escola inadequado, com equipamentos ultrapassados e o mobiliário inadequado, o mesmo se refere aos equipamentos didáticos e de multimídia. Existe uma supervisora e uma coordenadora pedagógica que realizam juntamente com a direção reuniões pedagógicas semanais de uma hora, além de mini palestras com profissionais capacitados, sobre temas diversos. Nessa escola é realizado Conselho de Classe e funcionam Grêmio Estudantil, eleito pelos próprios alunos. Existem momentos em que a família é trazida para a escola, com a finalidade de participarem do processo de aprendizagem dos filhos, além de dias determinados em que chamamos somente os pais de alunos com dificuldades de aprendizagem para orientá-los.
Considero que a minha remuneração é justa e condiz com minhas necessidades em termos de atualização constante, pois o município oferece cursos gratuitos e possui além do PEAD, Licenciatura em Matemática, e, já estão abertas as inscrições para os cursos da UAB – Universidade Aberta do Brasil. Penso ser absurda a atual proposta do Piso Salarial Profissional Nacional de R$ 950,00 para 40h semanais, para formação em nível médio, pois recebo praticamente essa remuneração para trabalhar 22 horas, além do Vale refeição. Apenas lamento não termos planos de saúde em nosso plano de carreira. Temos apenas um convênio com o SISMUS, nosso sindicato que deixa a desejar. Penso que deveriam rever nosso Plano de Carreira em vários outros itens, como por exemplo, a licença luto, nem sem se esse é o nome correto. Atualmente temos o direito há 48 horas a partir do horário que consta no atestado de óbito! Um tremendo absurdo! Outro ponto que deixa a desejar é licença para mães com filhos portadores de necessidades especiais, penso que elas deveriam ter direito a ficar com seus filhos pelo menos 20 horas semanais, no caso das que trabalhem 40 horas.
Não sei muito bem qual é o caminho para sermos melhor representados, talvez mais uma vez falte a união de nossa categoria na busca de melhores condições...Abraços

Organização Democrática da Escola


De acordo com o mapa conceitual, numa perspectiva democrática, a organização escolar se faz através da representação de toda a comunidade do entorno e seus agentes sociais em processos de representação direta que são garantidos por normas e práticas sociais.

Caracteriza-se pelo funcionamento de um conselho escolar, da centralização de recursos, do provimento de cargo de diretor, da participação direta de todos os agentes sociais, de planejamento participativo e da avaliação institucional participativa.
Possui várias dimensões: financeira para repasses de verbas (plano de aplicação e prestação de contas); administrativa que abrange os planos de gestão e anual, cargo de diretor, conselho escolar e agremiações e organização da vida funcional e escolar; pedagógica composta pelo projeto Político Pedagógico e relacional entre o sistema, redes de ensino, órgão central e instituições afins.

Como trabalho em uma escola da rede privada, as normas são estabelecidas pela entidade mantenedora. É uma escola de cunho religioso, são bastante fechados e tradicionalistas, seguindo a visão e missão estabelecida, e, dessa forma fogem dessa visão democrática.

Penso que muito se fala em Gestão Democrática, mas até onde vai essa democracia?
Indiretamente, seja uma escola pública ou privada, sempre está centralizado o poder de decisão, sendo de sua responsabilidade criar, executar e fiscalizar as normas. Por mais vontade que tenhamos em mudar a escola que temos, sempre estaremos limitados e submissos a essa hierarquia que deve ser respeitada.

Financiamentos da Educação Básica

No município de Sapiranga, existe uma sistemática de uso dos recursos públicos financeiros e Conselhos do FUNDEB e da Alimentação Escolar, que possuem funções de controle social da aplicação desses recursos na área da educação.
O financiamento da Educação Básica pública se dá com base em recursos provenientes das três esferas de governo. Na Educação Infantil, tanto a oferta quanto o financiamento são responsabilidades dos municípios. Já a oferta e o financiamento do Ensino Médio cabem aos estados e ao Distrito Federal. No Ensino Fundamental, oferta e financiamento são responsabilidades das duas esferas: a municipal e a estadual, incluindo o Distrito Federal.
Ao FUNDEB, cabem as atribuições de acompanhar e controlar a repartição, transferência e aplicação dos recursos do Fundo; supervisionar a realização do Censo Educacional Anual; examinar os registros contábeis e demonstrativos gerenciais mensais e atualizados relativos aos recursos ou retidos à conta do Fundo; acompanhar o processo de elaboração orçamentária do Município; elaborar seu Regimento Interno. Os membros do Conselho Municipal do FUNDEB são indicados até 15 dias antes do término do mandato dos conselheiros anteriores pelo executivo municipal, no caso de seus representantes. Após as indicações os integrantes são nomeados pelo poder executivo. O mandato dos membros é de dois anos, sendo possibilitado a recondução para mais um mandato subseqüente.

A forma como o Conselho do FUNDEB divulga os resultados de seu trabalho à comunidade educacional, de acordo com as informações recebidas na SMED, são realizadas reuniões mensais, podendo haver convocação extraordinária, através de comunicações escritas por qualquer de seus membros ou pelo prefeito, e, os registros contábeis e os demonstrativos gerenciais mensais, atualizados, relativos aos recursos repassados e recebidos à conta do FUNDEB, ficarão permanentemente à disposição do Conselho, bem como dos órgãos federais, estaduais e municipais de controle interno e externo.

Já no Conselho de Alimentação Escolar, o representante do poder executivo é indicado pelo prefeito, o legislativo deve ser indicado pela mesa diretora da Câmara Municipal. Os representantes dos professores devem ser indicados pelos respectivos órgãos de classe. Os pais de alunos devem ser indicados pelos Conselhos Escolares, associações de pais e mestres ou entidades similares. O representante da sociedade civil deverá ser indicado pelo segmento representado. Todos devem ter uma reunião registrada em ata e assinada por todos os presentes.

Suas atribuições são fiscalizar a aplicação de recursos federais transferidos para a conta do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar); zelar pela qualidade dos produtos desde a compra até a distribuição nas escolas; remeter ao FNDE o demonstrativo sintético anula da execução físico-financeira com parecer conclusivo sobre a regularidade da prestação de contas; orientar sobre armazenamento dos gêneros alimentícios nos depósitos da entidade executora ou nas unidades escolares; comunicar a entidade executora a ocorrência de irregularidades em relação aos gêneros alimentícios; divulgar em locais públicos o montante dos recursos financeiros do PNAE, transferidos para a entidade mantenedora e notificar qualquer irregularidade identificada na execução do PNAE. Divulgam os resultados de seu trabalho, às escolas através de cartazes referentes à alimentação escolar, reuniões do FNDE direcionadas para o treinamento de conselheiros nas visitas as escolas.

Sabemos que esses recursos disponíveis ainda são insuficientes para garantir o atendimento de toda a demanda da Educação Básica, principalmente na Educação Infantil. Em nosso município, foi criada uma Central Única de Vagas, onde todas as segundas terças feiras de cada mês recebem inscrições de bebês e crianças para creches. Em 2007, foi firmado um convênio com uma escola da rede privada, com salas disponíveis para atender a oito turmas de Educação Infantil. O município oferece professores, material pedagógico, alimentação, produtos de higiene e limpeza, serventes e transporte para as crianças carentes se deslocarem da periferia até a escola, que se localiza na zona central.
Além disso, criou-se também em 2007, o Programa Mãe Crecheira, onde as mães interessadas em cuidar de crianças, se cadastram e recebem auxílio alimentação, bem como orientações de como proceder e se organizar para atender a demanda. São realizadas visitas periódicas por educadores sociais, Capacitações mensais, realizadas por profissionais da rede municipal, entre eles, nutricionistas, pedagogos, psicólogos, psicopedagogos e educadores de diversas áreas.

Também firmamos convênio com o governo federal, através do Programa ProInfância, que faz parte das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação do MEC. Os recursos destinam-se à construção e aquisição de equipamentos e mobiliário para uma escola de Educação Infantil, a qual deverá priorizar a acessibilidade, fazendo as adequações necessárias a fim de permitir seu uso por portadores de necessidades especiais, sempre considerando as orientações das normas de acessibilidade física (ABNT NBR 9050). O projeto-padrão tem capacidade de atendimento a 120 crianças em período integral ou até 240 crianças, se distribuídos em turnos matutino e vespertino.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reflexão PA


Sem dúvidas trabalhar em grupo num Projeto de Aprendizagem foi um grande desafio, pois além das dificuldades normais existentes tive que debater e explorar bem o assunto com os colegas. As dificuldades iniciais foram um tanto conflitantes, pois tínhamos de buscar conhecer algo do nosso interesse e ao mesmo tempo um assunto de certa forma “desconhecido”, fazendo jus ao título Projeto de Aprendizagem, que pudéssemos aprender, buscando e construindo nossa própria aprendizagem.

No início não sabia muito bem o que eu mesma estava interessada em descobrir. Mas o assunto presente em todas as mídias com o início da temporada 2008 chamava-me a atenção. Desde em então iniciamos o trabalho em grupo com várias perguntas que foram sendo analisadas e reestruturadas até chegarmos à questão de investigação. Passei a buscar fontes e referências na internet e repassei para os colegas do grupo por e-mail. Confesso que encontrei dificuldades no uso dos links do sidebar. Achei muito, preferi utilizar apenas o fórum de debates, até tentei incluir algumas idéias e decisões no diário de bordo, mas nunca fui fã de diário. Portanto meus comentários foram poucos, também não gosto muito do msn, acho inconveniente, pois quando sento em frente ao PC sinto a necessidade de me concentrar no que estou fazendo e bater papo me irrita. Mas continuamos nos comunicando e meio que dividindo tarefas, mesmo sabendo que não é o caminho ideal, parece ser o que mais acertos têm. Com a divisão de tarefas fica tudo mais fácil, principalmente com o fator falta de tempo que faz parte da rotina de todos nós.

Tudo estava indo bem. Podemos dizer que o clímax de nosso trabalho foi à entrevista com o professor Eugênio Hackbarth. E, consequentemente veio o desânimo com suas respostas simples e diretas que responderam nossa questão de investigação. A partir disso, fui desanimando aos poucos, estava muito preocupada comigo mesmo, pois passava dias e dias entrando na página do nosso PA e saindo. Achava a página desorganizada e ficava sem ação, sem saber o que comentar e/ou fazer. Foi quando resolvi tomar uma atitude, lendo todo o material coletado e construindo um mapa conceitual, o qual possibilitou um grande aprendizado, tanto na área de conhecimentos, quanto ao uso da tecnologia. Não o publiquei, apenas o enviei aos colegas de grupo por e-mail, e, acabei deixando-o de lado. Nesse final de semana, como não conseguia abrir minha página do PA, que sempre aparecia uma mensagem em inglês que não fazia a menor idéia do que se tratava, eu refiz o mapa brincando no cmaps. Ficou ótimo, com links e tudo, porém só consegui inserir um link do pdf.

Vantagens de se trabalhar em grupo num curso de EAD, penso que são poucas, pois os horários disponíveis não se encaixam, colegas que deixam tudo pra última hora, que com certeza devem ter os seus motivos, tecnologias que não dominamos ou não nos adaptamos. Vantagem é que cada um do grupo tem seu estilo e seu jeito de pensar, que acrescenta algo a mais na nossa própria aprendizagem. Por outro lado acho bastante constrangedor mexer no trabalho dos colegas, em desfazer o que fizeram e lhes parecia ótimo. Mas faz-se necessário mostrar-lhes que pode ser diferente, É meio contraditório, parece que nunca está bom, parece algo inacabado.