A escola em que atuo da mesma forma que muitas escolas, também construímos projetos que trabalham e desenvolvem valores morais, com o objetivo de amenizar e/ou sanar as atitudes violentas entre os alunos. Levando em consideração os questionamentos da professora Jaqueline Picetti, perante as situações de violência observadas por nós professores na escola, com certeza não tem o mesmo significado para os alunos, pois muitas vezes a problemática da violência, faz parte de suas vivências, para eles são normais, não dá nada!
Tenho consciência de que o tema da violência na escola pode ser analisado sob diferentes enfoques, pois esse fenômeno envolve uma multicausalidade e uma circularidade de processos (Osório, 1999).
Trabalho com uma turma de Educação Infantil, com alunos de 5/6 anos, onde as representações da realidade estão presentes na rotina escolar. São crianças que estão na fase pré-operatória e seus pensamentos são egocêntricos, mas capazes de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema. A linguagem deles é o resultado de um longo processo de construção que teve início no nascimento, a partir daquilo que elas fazem (ênfase na ação do sujeito) com aquilo que elas trazem (reflexos e capacidade de adaptação, desdobrando-se em suas funções de assimilação e acomodação) na interação com o meio.
Tento buscar descobrir o que está acontecendo, envolvendo a família na busca de compreender o todo para tomar uma atitude de acordo com as experiências do aluno em seu convívio familiar, pois ele pode e geralmente está representando/reproduzindo a violência sofrida. Muitas vezes os próprio responsáveis acreditam que uma pessoa sendo filha de pais, ou outros familiares agressivos está fadada a ser violenta.
Um comentário:
Oi Silvana, certamente as reflexões que trazes nessa postagem são de suma importância para pensarmos o tema da violência na escola. Abração, Sibicca
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