Ser professor é ter nas mãos a oportunidade de despertar a magia do saber, abrindo novos caminhos onde há possibilidade de se criar fantasias buscando e atingindo o real desejo de ser.
Mas qual a minha fantasia? O que realmente desejo ser?
Professor eu já sou! Mas que tipo de professor?
Como professor, tenho buscado acima de tudo o prazer em aprender com o outro e acima de tudo saber respeitá-lo como ser humano, com todas as suas peculiaridades. Essa interação professor e aluno exigem muita responsabilidade, segurança e competência profissional e conseqüentemente um constante movimento de aprimoramento pessoal e profissional, para uma formação voltada para a criticidade e respeito pela cultura que nos cerca.
A cada dia há uma nova aprendizagem em nossa vida. Ao ensinar aprendemos e com essa aprendizagem ensinamos melhor. Isso se transforma num ciclo contínuo, e, muitas vezes não nos damos conta da amplitude do nosso trabalho que muitos consideram uma missão: mover o mundo através do operário ou presidente que um dia passou por sua mão. Pois, trabalhamos em grande mutirão lançando as primeiras bases que transformarão idéias em projetos repletos de emoções, lembranças, imaginação, que nos falam sobre pessoas que marcaram e/ou marcam nossa vida, sobre mestres inesquecíveis, sobre a arte de ensinar e aprender, sobre conquistas, inquietações e recordações. Fechando esse ciclo automaticamente repensamos o nosso papel enquanto professores e o verdadeiro papel do professor na vida de cada um.
Mas afinal:
Como se forma um professor? Será que um professor se forma ou está em constante formação?
Acredito que somos seres em evolução, pois estamos sempre aprendendo e em constante formação. Atualmente as Ações do MEC, estão diretamente ligadas à formação continuada dos profissionais da educação, visando uma melhoria significativa abrangendo todos os profissionais desta área. Ouvimos muito a expressão: “é preciso investir na educação!”. Mas na educação de quem? Muitos são os colegas educadores que buscam faculdades no intuito de receberem receitas e/ou manuais e freqüentarem cursos de formação continuada oferecidos pelos municípios visando apenas a certificação, necessária ao plano de carreira.
Atualmente participei de um grupo de estudos de formação continuada, oferecido pelo MEC em parceria com a Unisinos, FAMURS e UNDIME, o NUPE, no qual tive a oportunidade de vivenciar os dois lados. Fiz capacitação para ser coordenadora e participei ativamente do grupo como professora, trazendo minhas experiências e vivências de sala de aula. O número de inscritos foi surpreendente, mas praticamente a metade dos inscritos compareceu somente ao primeiro encontro. Ao tomarem conhecimento de que seria um grupo de estudos, onde todos seriam professores e que a troca de saberes e experiências que deram ou não certas em sala de aula, seria fator determinante para o sucesso do grupo, literalmente sumiram.
Também estou cursando Mídias na Educação – SEED/MEC, na busca de novos caminhos e de novas oportunidades de trabalhar em sala de aula as diferentes mídias, sejam elas impressas ou não. Ainda em agosto estamos encerrando o Ciclo Básico, restando ainda o Intermediário e o Avançado. Além disso, como estou trabalhando com Educação Infantil, tenho em vista o Pró-Letramento, que se assemelha muito com o NUPE, no que se refere a contribuir para que se desenvolva nas escolas a cultura de formação continuada, mas se restringe à área de alfabetização nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Muitas são as dificuldades para disponibilizarmos tempo para formação continuada. Porém para uma melhoria das aprendizagens em sala de aula, no trabalho que desenvolvemos com nossos alunos, torna-se indispensável tais formações. Ser professor no mundo de hoje é um é um reflexo de sua vivência dedicada à educação, na lida com comunidades as mais diversas e carentes de uma educação que a verdadeira democracia deveria abordar e construir.
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