sábado, 15 de novembro de 2008

Reflexão - Profissionais da Educação

Sou professora nomeada no município de Sapiranga, onde trabalho a mais de cinco anos. Existe um Plano de Carreira, não o conheço sua estrutura como um todo, mas sei que trabalho 20 horas em sala de aula, sendo que duas dessas horas são horas-atividade, onde o professor de Educação Física assume a turma, são meus horários de planejamento.
A Secretaria de Educação – SMED oferece cursos de capacitação e formação continuada, que são considerados para a promoção de classe na carreira. A cada cinco anos, apresento os certificados que deverão somar a quantidade de pontos exigida e recebo 5% a mais, além dos anuênios.
Estudar aqui no PEAD, tem sido muito trabalhoso, e tenho “pouquíssimo” tempo disponível para realizar as atividades propostas. Mas está possibilitando muitos conhecimentos sobre a educação básica, política educacional, sistemas de educação e para a minha própria profissão, pois permite estabelecer a relação teoria-prática. Estudei na FEEVALE por quatro semestres e cursei cadeiras do penúltimo semestre de Normal Superior, e, confesso que nenhuma delas foi tão prática quanto as Interdisciplinas do PEAD.
Trabalho numa escola urbana, centralizada, e, apesar de ser uma escola da rede particular, suas condições físicas são precárias, inclusive das salas de aula. Tenho uma turma de educação infantil, e os materiais pedagógicos e mobiliários, foram oferecidos pelo município. Talvez por conhecer bem os laboratórios de informática do município, acho o da escola inadequado, com equipamentos ultrapassados e o mobiliário inadequado, o mesmo se refere aos equipamentos didáticos e de multimídia. Existe uma supervisora e uma coordenadora pedagógica que realizam juntamente com a direção reuniões pedagógicas semanais de uma hora, além de mini palestras com profissionais capacitados, sobre temas diversos. Nessa escola é realizado Conselho de Classe e funcionam Grêmio Estudantil, eleito pelos próprios alunos. Existem momentos em que a família é trazida para a escola, com a finalidade de participarem do processo de aprendizagem dos filhos, além de dias determinados em que chamamos somente os pais de alunos com dificuldades de aprendizagem para orientá-los.
Considero que a minha remuneração é justa e condiz com minhas necessidades em termos de atualização constante, pois o município oferece cursos gratuitos e possui além do PEAD, Licenciatura em Matemática, e, já estão abertas as inscrições para os cursos da UAB – Universidade Aberta do Brasil. Penso ser absurda a atual proposta do Piso Salarial Profissional Nacional de R$ 950,00 para 40h semanais, para formação em nível médio, pois recebo praticamente essa remuneração para trabalhar 22 horas, além do Vale refeição. Apenas lamento não termos planos de saúde em nosso plano de carreira. Temos apenas um convênio com o SISMUS, nosso sindicato que deixa a desejar. Penso que deveriam rever nosso Plano de Carreira em vários outros itens, como por exemplo, a licença luto, nem sem se esse é o nome correto. Atualmente temos o direito há 48 horas a partir do horário que consta no atestado de óbito! Um tremendo absurdo! Outro ponto que deixa a desejar é licença para mães com filhos portadores de necessidades especiais, penso que elas deveriam ter direito a ficar com seus filhos pelo menos 20 horas semanais, no caso das que trabalhem 40 horas.
Não sei muito bem qual é o caminho para sermos melhor representados, talvez mais uma vez falte a união de nossa categoria na busca de melhores condições...Abraços

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