“A aprendizagem é a nossa vida, desde a juventude até à velhice, de fato quase até à morte; ninguém vive durante dez horas sem aprender”. (Paracelso)
Concordo plenamente com a afirmação de Paracelso, pois ser professor é ter nas mãos a oportunidade de despertar a magia do saber, abrindo novos caminhos onde há possibilidade de se criar fantasias buscando e atingindo o real desejo de ser. Como professor, tenho buscado acima de tudo o prazer em aprender com o outro e acima de tudo saber respeitá-lo como ser humano, com todas as suas peculiaridades. A cada dia há uma nova aprendizagem em nossa vida, que requer reflexão, pois ao ensinar aprendemos e com essa aprendizagem ensinamos melhor. Isso se transforma num ciclo contínuo, e, muitas vezes não nos damos conta da amplitude do nosso trabalho.
Trabalhamos em grande mutirão lançando as primeiras bases que transformarão idéias em projetos repletos de emoções, lembranças, imaginação, que nos falam sobre pessoas que marcaram e/ou marcam nossa vida, sobre mestres inesquecíveis, sobre a arte de ensinar e aprender, sobre conquistas, inquietações e recordações. Fechando esse ciclo automaticamente repensamos o nosso papel enquanto professores e o verdadeiro papel do professor na vida de cada um. Cada autor traz sua idéia de concepção de mundo, de uma perspectiva positivista sobre a educação.
Para Durkheim a educação é um fato social e tem o papel de socialização dos indivíduos. A educação é um dos mecanismos coercitivos de primeira ordem, pois esta opera ainda no alvorecer da formação da consciência social humana. Nas palavras de Durkheim: “(...) toda educação consiste num esforço contínuo para impor à criança maneiras de ver, sentir e de agir às quais ela não teria chegado espontaneamente”.
Segundo KANT, "o fim da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz...”. Eu particularmente discordo dessa afirmação, pois acredito que todos têm capacidades o que difere é ritmo de cada um. Penso que a educação é a forma mais ampla de conhecimento, abrangendo todas as áreas de conhecimento, de acordo com as vivências e anseios do grupo social envolvido, com a finalidade de desenvolver suas competências e habilidades.
Após a leitura do texto “Os três tipos de Dominação Legítima” percebi que para hierarquia de cargos uma dominação é necessária certa relação entre dominantes e dominados, apoiada em bases jurídicas e burocráticas:
LEGAL: obedece às regras onde os direitos podem ser modificados; quem ordena (superior) também obedece, pois o dever de obediência segue uma hierarquia nem sempre burocrática; nenhuma é exercida somente por funcionários contratados.
TRADICIONAL: o tipo mais comum é patriarcal, de caráter comunitário, onde o domínio é tratado como um direito concorrente do exercício do senhor; seu quadro administrativo é formado por servidores e regido por um estatuto ou os servidores são pessoas independentes e de posição própria que lhes dá certa permanência social.
CARISMÁTICA: quem manda é o líder e suas decisões devem ser aceitas pela comunidade; os funcionários são escolhidos de acordo com vocação pessoal.
Na escola em que trabalho atualmente, fico um tanto confusa, pois parece mais uma mistura de tradicional com carismática, onde a devoção e a autoridade da diretora se destacam, sendo que o quadro administrativo é dividido onde alguns foram escolhidos por afetividade, e os demais são servidores públicos ou contratados pela prefeitura através de convênio.
Acredito que a educação é a constante busca pela perfeição. Mas esta perfeição é muito pessoal, variando conforme as vivências sociais, as oportunidades e os objetivos de cada um. Fazem-se necessário levar em conta o momento do indivíduo, as necessidades que cada um tem em cada situação de sua vida. Para definir educação, será preciso considerar os sistemas educativos pelos quais já passamos e os existentes atualmente, buscando as características comuns. Talvez, através do estudo desses pontos comuns, poderemos encontrar a definição perfeita que tanto procuramos para a educação.
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