domingo, 26 de abril de 2009

Fardo de um professor

Ao realizar a atividade de Filosofia da Educação referente ao filme O Clube do Imperador, trouxe à tona uma grande preocupação minha como educadora. Me refiro onde por alguns instantes o professor Hundert deixa transparecer ter fracassado ao proporcionar uma chance no passado a um aluno e ele ter se tornado um mentiroso e um homem sem virtudes. Mas após a homenagem afirma que "o valor de uma vida não é determinado por único fracasso ou um sucesso solitário. Por mais que tropecemos o fardo de um professor é sempre esperar que o aprendizado possa mudar o caráter de um garoto e assim mudar o destino de um homem."

Muitas foram as vezes em que apostei nos meus alunos, pensando que todos tendo boas oportunidades podem se tornar homens de bem. Fica aí uma grande lição caráter não se pode mudar com aprendizados, ou seja, independe do educador, dependede do querer do próprio indivíduo evolvid na aprendizaem.

Divesidade Énico-Racial

Trabalhar sobre discriminação, onde tive de pensar e planejar uma ação educativa com uma abordagem étnico-racial em minha escola, não foi muito difícil. Sempre busquei trabalhar as diferenças sociais e culturais, com respeito e de forma crítica, onde meus alunos pudessem expor e/ou expressar suas opiniões. Mesmo sendo um tema complexo, considero indispensável.

“Indispensável porque é neste momento que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas, religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade. Complexo, pois envolve não somente os preconceitos dos alunos/as, mas também dos próprios professores. Em função disso muitas vezes este tema ou é tratado de forma superficial, enfatizando só o sentimento de consideração por ter o negro contribuído para a construção da ‘nação brasileira’, ou é simplesmente ignorado.”

Bastante forte e reflexiva a citação acima retirada do texto de Luciane Andréia Ribeiro Leite. Baseada no seu texto, eu busquei desenvolver uma proposta de contar a história infantil da Menina bonita do laço de fita, resgatar alguns valores sociais e porque não cristãos, sendo que trabalho numa escola de cunho cristão. Também considerei o fato de meus alunos serem pequenos e estarem em formação física, cognitiva e moral, para desenvolver essa proposta pedagógica tornando-os sujeitos ativos do processo como “cuidadores” da menina (boneca). Acredito que a atitude de envolver os pais nesse processo de aprendizagem também enriquece o fazer aprendendo e ensinando, onde eles também sabem dos valores que estão sendo passados aos seus filhos no ambiente escolar.

Períodos do Conhecimento


Através de leituras sugeridas na Intriciplina de Psiclogia, a própria teoria de Piaget passa por níveis que, não por acaso, são divididos em quatro, tais como os quatro grandes períodos do desenvolvimento cognitivo na sua obra. Acredito que consegui num dos trbalhos, sintetizar características relevantes para poder identificar e compreender os quatro períodos ou estádios do conhecimento humano, que poderão me auxiliar nas atividades didático-pedagógicas.

Esse estudo realizado por Piaget, serve para que ´educadores possamos entender e ampliar nossos conhecimentos, para sabermos “qual a origem do conhecimento humano” e ainda, “como se passa de um conhecimento mais simples a um mais complexo”. Faz-se necessário estarmos atentos ao caráter integrativo do sujeito envolvido, onde podemos distinguir em qual estádio ele se encontra observando sua relação com o objeto, suas características cognitivas, sua maneira de pensar, que se reflete na maneira como ele lida com suas dificuldades no ambiente em que está inserido.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cultura Indígena

Resolvi postar aqui alguns vídeos que fiz na escola em que trabalho, durante uma conversação dos índios com alunos de Educação Infantil, 1º e 2º anos. São índios Caigangues da Reserva Nonoai.

Canção Indígena

Fala Indígena

India lendo reportagem do Jornal A Opinião

domingo, 19 de abril de 2009

Contribuições Indígenas

O vídeo abaixo foi feito na escola onde trabalho, na semana passada quando uma família indígena, representada por uma Índia, seu filho e duas netas foram conversar com os alunos. São Caigangues e vivem na Reserva Nonoai, estavam de passagem em Sapiranga, vendendo seus artesanatos.

Não foi exatamente uma palestra, mas as crianças reunidas em dois grupos distintos, 4ª a 8ª série e Educação Infantil, 1º e 2º ano, fizeram perguntas de acordo com suas curiosidades, e é claro sob orientação das porfessoras. Atualmente, na reserva, existem várias aldeias, representadas por diversos povos, há uma miscigenação marcante, índios casados com brancos, com negros, diversas religiões, mas no que se refere aos chás e ervas, continuam utilizando-os na cura de doenças, bem como ainda caçam tatus, veados e vivem da pesca e agricultura.

Surgiram perguntas diversas, mas percebi a influência da mídia na cultura dos índios, bem como na nossa. Assistam o vídeo e comprovem como a "novelas das índias" na Rede Globo, já chegou entre os índios caigangues...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Aprendizagem contruída e não concluída


"O mundo do objeto fornece o conteúdo (assimilação), o mundo do sujeito cria novas formas (acomodação), a partir das formas dadas (reflexos) na bagagem hereditária. Posteriormente, as próprias formas, construídas por este processo de abstração reflexionante, transformam-se em conteúdos a partir de cuja assimilação constroem-se novas e mais poderosas formas. É a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo (BECKER, 2001a, p. 20)."



Pensando no meu relato de aprendizagem na Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sobre o Enfoque da Psicologia II, e de acordo com a citação acima, passei por todas estas fases no decorrer do processo.
O mundo que recebi ao assumir a nova função na Secretaria de Educação me forneceu diversos conteúdos (rascunhos de projetos), diversas fontes de pesquisas, as quais eu consegui assimilar. Através do estudo das mesmas, criei novas formas, ou seja, busquei opiniões dos colegas e novas fontes de consulta e de aprendizagem com a finalidade de acomodá-las.
Conforme BECKER, 2001a, estas formas dadas são reflexos na bagagem hereditária, construídas pelo processo de assimilação que se transformam em conteúdos. Poderia resumidamente afirmar que com minha ação, minha iniciativa de busca por outras formas de aprendizagem, eu construí novos conhecimentos, o chamado mundo do conhecimento.
E, ainda, esse mundo de conhecimento está em constante formação ...

Políticas Públicas

Dentre as ações desenvolvidas pela SEESP estão o apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino para a oferta e garantia de atendimento educacional especializado, complementar à escolarização, de acordo com o Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008.
Vários programas podem ser buscados junto a Secretaria de Educação especial para melhorar a qualidade do ensino diante as dificuldades encontradas para atender alunos com NEE. Penso qu muitas outras ainda são necessárias serem revistas, pois muitos pais desconhecem seus direitos e/ou ainda, desconhecem das dificuldades de seus próprios filhos.
Abraços

domingo, 5 de abril de 2009

Ao participar do fórum de filosofia, onde preciso comtinuar refutando os argumentos das colegas que devem defender a atitude de Claude como antropólogo, num grupo de nativos, me fez pensar muito nos grupos sociais aos quais convivo.

Família, religião, escola, secretaria de educação, enfim, como é difícil saber ouvir, saber respeitar, sem deixar de contribuir nessas relações sociais. Pois acredito que no momento em que deixarmos de participar, de mostrar outros modos de fazer e/ou sentir e ver o mundo, estaremos nos omitindo, não estaremos fazendo a nossa parte para termos um mundo melhor. Em contrapartida, o outro jamais conseguirá perceber, ou ainda, levará muito mais tempo para conhecer outras culturas, de aprender e evoluir com o outro.

O antropólogo francês, Claude Lee, na sua missão de pesquisar os hábitos dos nativos de uma ilha na Polinésia, tem o cuidado de não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial. E ainda questiona:

"Como poderíamos abstrair sinceramente a concepção de mundo que herdamos da nossa cultura e avaliar imparcialmente todas as culturas?"

Jamais poderei julgar o modo de ver de um antropólogo, mas como educadora, me sinto responsável na comunidade escolar em que atuo. Acredito que nós educadores podemos fazer a DIFERENÇA, mostrando que existem inúmeras possibilidades de ver e sentir o mundo. Basta acreditar e lutar por um mundo melhor!

Abraços